Até o final do ano o atendimento e o tratamento de pacientes portadores de hepatite B serão descentralizados de Belém para Santarém, Marabá e Redenção. Os pacientes com suspeitas da doença serão atendidos pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) dos três municípios, que já prestam assistência a pacientes portadores de doenças sexualmente transmissíveis e aids.
Desde junho passado, o SAE de Santarém está em funcionamento e até setembro a unidade de Marabá passará a atender a população. Já a de Redenção tem previsão para começar a funcionar até dezembro. As medidas visam a alcançar a melhoria da capacidade da rede de atendimento, diagnóstico e tratamento da hepatite no Pará.
"É um grande avanço. O usuário que depende de transplante, por exemplo, passa por problemas como deslocamento para a capital, alojamento, agendamento e cancelamento de consultas", ressalta o médico infectologista Lourival Marsola, coordenador estadual de DST/Aids e Hepatites.
Prevenção - Há cinco tipos de hepatite: A, B, C, D e E. Só há vacinação para os tipos A e B. Além da vacina, uma das formas de prevenção da doença, que pode levar à morte, é evitar contato com sangue contaminado. Esse contato pode acontecer, por exemplo, durante a relação sexual sem camisinha, por meio de material de manicure mal esterilizado e da gestante para o bebê. As hepatites são doenças graves que atacam um dos órgãos vitais do corpo, o fígado. A doença é causada por vírus e pode ser transmitida de pessoa para pessoa. A vacina contra a hepatite B está disponível nos postos de saúde, e quem se vacinar estará protegido também contra a hepatite D. Ainda não há vacina contra hepatite C. O diagnóstico e o tratamento precoces, que podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado, estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Sintomas - Doença silenciosa, geralmente a hepatite não apresenta sintomas. Em algumas situações, como as que envolvem as hepatites B, C ou D, a pessoa pode levar anos para saber que está doente. Quando aparecem, os sintomas são caracterizados por cansaço, tontura e ânsia de vômito. Muitas vezes, a pele e os olhos ficam amarelados, a urina escurece e as fezes ficam mais claras. A gestante com hepatite B pode transmitir a doença para o bebê se não houver vacinação durante a gravidez ou logo após o parto. A vacinação deve ser feita ainda na maternidade, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida do bebê. (No Amazônia)
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