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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Ao maestro Isoca (in memoriam)

Como modesto aprendiz de poeta, fiz estes versinhos em homenagem ao maestro Isoca, meu saudoso amigo, grande incentivador e colaborador das minhas atuações no rádio santareno.
Meu amigo Isoca, a mais valiosa Pérola do Tapajós
Bancário, maestro, músico, compositor
Admirado, querido, orgulho de todos nós

Santarém, seu berço, sua paixão
Inspirou seus versos e suas musicas
Embalou seus sonhos, foi palco da sua consagração

Sua pessoa, seu talento, sua obra
"Tinha a grandeza do mar
O esplendor do luar
E a beleza da flor"

Seu modo simples de ser e de viver
Faz falta, deixou saudade
Merece ser feliz onde estiver

Com certeza!

Plagiando Millôr, eu (Ercio) garanto: quando eu morrer, se fizerem a minha autópsia, encontrarão dentro do meu coração, a minha família, amigos(as), o Clube do Remo, Belterra (meu torrão natal) e Santarém (minha amada amante).

Menos, menos...

Em uma postagem feita ontem, pedi respeito aos gays santarenos. Um deles, disparou e-mail, dizendo: "Ercio, adorei, adoramos! A irmandade tapajoara cor-de-rosa, por meu intermédio, agradece bastante o teu gesto tão cordial e a tua solidariedade a quem escolhe ser e viver diferente, como nós. És ma-ra-vi-lho-so! - Não precisa exagerar!

'Estou mais madura e tolerante', diz Janaina Paschoal

ctv-vlb-janaina
No jornal Estadão
A advogada Janaina Conceição Paschoal, autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff ao lado dos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo, disse que hoje se sente “mais madura, mais velha e mais tolerante”. Segundo ela, o Brasil saiu “maior” do processo de cassação da petista.

Professora de Direito Penal da USP, Janaina disse que tem o “sentimento de ter cumprido uma missão”. A rotina, apesar do assédio e das polêmicas nas redes sociais, é a mesma: aulas, bancas, concursos. Para ela, Temer perdeu a “oportunidade” de ser um “estadista”. Leia trechos da entrevista:
O que mudou na sua vida nesse último ano?
Vida normal. Eu me sinto uma pessoa mais madura, mais velha em todos os sentidos, mas a vida segue normal. Dou aulas normalmente, nada mudou. Você fica mais tolerante depois de passar por tudo aquilo. Eu já era tolerante, e fiquei ainda mais tolerante. 
Como avalia sua responsabilidade nesse processo?
Sobre o crime dos outros, eu não tenho responsabilidade nenhuma. Sinto um alívio muito grande, um sentimento de ter cumprido uma missão. Não me omiti, esse é o sentimento. Responsabilidade é forte demais. Trabalhei para que um comportamento ilícito tivesse consequência. O meu sentimento é de tranquilidade por ter feito o que precisava.
Qual o balanço a senhora faz dos rumos do governo Temer nesse período?
É importante deixar bem claro que, quando eu pedi o impeachment da presidente, não foi com o objetivo de colocar Temer no poder. Pedi o impeachment por força dos crimes que foram cometidos. E o PT tinha convidado Michel Temer (para ser vice). O problema que eu vejo é que Temer poderia ter aproveitado essa oportunidade histórica para ser um estadista. Os fatos mostram que não foi assim. 
O que faltou para Temer se tornar um estadista?
O problema foi a mala (entregue por um executivo da JBS ao ex-assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures). Aconteceu algo na vida dele que dá a oportunidade de ele dar uma virada. E o sujeito pega esta oportunidade e joga no lixo. É muito grave. Nada do que ele faça na economia, em qualquer campo, nada vai apagar a mala. 
Como vê o trabalho do STF, do MPF e da PF contra a corrupção?
Tenho algumas divergências pontuais, mas elas não impedem de reconhecer o mérito do trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal, dos juízes. Com relação ao STF, tenho grandes preocupações.
Quais preocupações?
O discurso de alguns ministros é um discurso que vai no sentido de anular tudo.
Quais ministros?
As decisões do ministro (Ricardo) Lewandowski, do ministro (Dias) Toffoli, algumas libertações que eu acho que as pessoas não seriam libertadas se não fossem importantes. Agora, o discurso mais assustador é o do ministro Gilmar Mendes. É muito assustador. 
E em relação à PF e ao MP que terá uma nova chefe? 
Nunca soube de nada que desabonasse a doutora Raquel (Dodge). Em relação à polícia, as mudanças (na Lava Jato) não são algo assim tão incomum. No Supremo, o risco é total. O Supremo hoje é o maior perigo que o País corre nesse processo.
Passado um ano, como o Brasil saiu desse processo?
O Brasil saiu maior, porque mostrou que a gente tem a capacidade de enfrentar a nossa triste realidade.
Se a senhora for chamada ou sentir que algo precisa mudar entraria novamente numa briga tão grande quanto foi aquela?
Eu acho que sim. Mas tem de ser uma coisa que eu entenda que seja determinante para o País, como eu entendi que era naquele momento. No caso do Temer, a OAB já tomou a frente. Eu acredito que, a depender do rumo, eu entro de novo, sim.
Pretende entrar na política?
Na vida político-partidária, não tenho pretensão, mas na vida política, sim. Sou engajada há muito tempo.

'Nada mudou', diz Eliane Calmon sobre transparência no Judiciário

A atuação de Eliana Calmon como corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre os anos de 2010 e 2012, foi marcada pela empreitada a favor da transparência e pela atuação contra benefícios irregulares que, atrelados aos vencimentos de magistrados e servidores do Judiciário, não raro, faziam com que os rendimentos desses profissionais ultrapassassem o teto constitucional. Ao Estado de SP, a ex-ministra, hoje advogada, observa que “nada mudou” no Judiciário. A seguir, leia os principais trechos da entrevista.
Transparência 
Nada mudou. Esse tema veio à tona quando veio a Lei de Acesso à Informação. O ministro (Carlos) Ayres Britto tomou posição, com apoio da Corregedoria da qual eu estava à frente, para que colocássemos a remuneração dos magistrados no banco de dados do CNJ. Ayres baixou portaria, mas isso não foi cumprido. E acho difícil a ministra Cármen Lúcia cumprir.  
Caixas-pretas 
Existe uma resistência muito grande por parte dos tribunais. Porque desembargadores ganham absurdos, muito além do teto constitucional. Talvez quem ganhe menos sejam os ministros dos tribunais superiores. Os tribunais do Rio de Janeiro e de São Paulo são verdadeiras caixas-pretas. Não se tem noticia e eles não querem que tenha porque existem muitos penduricalhos, gratificações e formas de remuneração chamadas de indenização altamente benéficas porque sobre elas não incidem o Imposto de Renda. 
Teto constitucional 
Se é indenização, não soma para o teto. E a ideia que se tem é que tudo tem que vir à tona para que seja feita a triagem entre o que é indenização e o que não é. Porque muita coisa é chamada de indenização e na realidade não é. São ‘penduricalhos’. Isso tudo precisaria vir à tona. Se o contribuinte paga a remuneração dos servidores e está no sistema Siaf, não é possível que exista um Poder que tenha um biombo sobre toda essa parte considerável do serviço público. 
Penduricalhos 
Cada órgão vai inventando um penduricalho diferente: auxílio moradia para toda a magistratura, que chegam a mais de 4 mil, auxílio-paletó, auxílio-creche, para compra de livros. Já encontrei gratificação de férias pagas a desembargadores aposentados. A Escola Superior da Magistratura é uma grande válvula de escape. Não é possível uma aula custar R$ 10 mil. São coisas assim que ficam camufladas e isso acaba acontecendo por causa do colegiado. 
Poder do CNJ 
O CNJ tem poder censório, mas tem perdido sua força na medida em que são colocados conselheiros muito jovens, por indicações políticas. Desta forma, ficam vulneráveis atendendo a pedidos políticos. 
Posição do Supremo  
No Supremo existem ministros que vêm da magistratura e não querem essa investigação, principalmente no Rio e em São Paulo. O STF termina sendo conivente diante das decisões que dão para não haver fiscalização nos tribunais. Na minha gestão no CNJ, por exemplo, duas liminares impediram a investigação em São Paulo. Depois as liminares caíram, mas, enquanto eu estava lá, elas impediram a investigação. 
Recebeu retroativo  
Quando isso foi votado no Conselho Administrativo do STJ eu fui contra. Eu fui vencida e terminei recebendo o auxílio-alimentação. Eu podia devolver o dinheiro? O importante é que no meu voto eu dei minhas razões, mas fui vencida.

TCU quer 450 mil professores de volta à sala de aula

No "Diário do Poder" - Claudio Humberto
Por iniciativa do ministro Walton Rodrigues, o Tribunal de Contas da União decidiu investigar e mapear professores de escola pública fora da sala de aula. Auditoria do TCU atesta que no ensino médio 70.000 professores estão nessa situação. No ensino básico é ainda pior: 380 mil têm gratificação de 40% para dar aulas, mas estão cedidos a outros órgãos. Cerca de meio milhão de professores devem ser obrigados a dar aulas. Ou terão de devolver a gratificação recebida ilegalmente. ** Por lei, 60% dos recursos do Fundeb são destinados exclusivamente para pagar professores do ensino básico que estão na sala de aula ** “Dezenas de milhares de professores são remunerados com verbas federais, e servem em assembleias, câmaras e outros”, diz o ministro. ** O TCU decidiu que caberá aos tribunais estaduais de Contas levantar o tamanho da burla à aplicação dos recursos do Fundeb.

Suprema simplicidade
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, orgulha os cidadãos que sempre a encontram numa padaria no bairro do Lago Sul, em Brasília, comprando pão. Sem escolta ou seguranças. 

Eliminatórias da Copa: Hoje, na TV

  • 18 horas: Venezuela x Colômbia
  • 19h30: Chile x Paraguai
  • 20 horas: Uruguai x Argentina
  • 23h15: Peru x Bolívia

Toma-te!

Ontem, na fila de um Supermercado, um petista esbravejava, queria que alguém lhe explicasse quais são os critérios adotados pelo Governo do Simão Jatene para nomear e admitir tantos funcionários não concursados, os tais DAS. Imediatamente, um tucano desvendou o mistério: "Te garanto, porra!, que os critérios são idênticos, não são diferentes nem um pouquinho dos que foram usados pela ex-governadora Ana Julia Carepa, pelo Lula e pela Dilma, e pelos prefeitos do PT, para alojar a ´cumpanherada`, a ´petelhada`, em todos os escalões da administração pública." Nada mais foi dito ou perguntado. Mais uma vez valeu o velho ditado: "quem diz o que quer, ouve o que não quer".



quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Leitorado: Fogo brando

"Os inquéritos, as promessas de punição, envolvendo o médico Álvaro Cardoso Magalhães que está preso, suspeito de estupro de vulnerável e pedofilia em Santarém, começaram com a fúria de um tenebroso incêndio, mas está em fogo brando, sem ninguém com vontade e disposição de abanar. A fumaça, o cheiro, é de esquecimento, de impunidade..."  (De Marcelo Nascimento, residente em Santarém, leitor deste blog)

Povo chama Lula de ladrão em caravana fracassada pelo Nordeste

 
 
Ojeriza ao PT - Está feia a coisa para petistas: além do fiasco da caravana de Lula no Nordeste, levantamento da Paraná Pesquisas mostra os brasileiros preferem Michel Temer (19,6%) na presidência que o PT (19,5%).

Gilmar manda juízes do Acre devolverem aos cofres públicos gratificação de nível universitário

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última segunda-feira (28) que juízes e desembargadores do Acre que receberam uma gratificação de nível universitário devolvam os valores aos cofres públicos, com juros e correção monetária.

“As gratificações de nível universitário não são apenas ilegais, como também descaradamente inconstitucionais. Sob essa ótica, a percepção de verbas manifestamente inconstitucionais equivale a recebê-las de má-fé, uma vez que esta é ínsita à própria inconstitucionalidade”, escreveu Gilmar em sua decisão.

“Portanto, acolho o pedido para suspender em definitivo o pagamento da gratificação de nível superior, bem como para que os beneficiários da referida gratificação as restituam, com juros, a contar da citação, e correção monetária desde o recebimento de cada parcela, ambos em percentuais/taxas equivalentes aos aplicáveis à Fazenda Pública, a ser apurado na fase de cumprimento de sentença”, concluiu o ministro.

A decisão de Gilmar Mendes foi feita no âmbito de uma ação popular contra o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), o governo local e membros do Poder Judiciário local movida pelo ex-deputado federal Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, condenado por liderar um grupo de extermínio na região – a ação, no entanto, não diz respeito aos crimes de Hildebrando.

O caso gira em torno de um projeto de lei complementar de 1995, de autoria do Poder Judiciário, que previa uma gratificação de 40% para os “servidores ocupantes de cargos de nível superior” – a proposta foi sancionada pelo poder Executivo local.

O Tribunal de Justiça do Estado do Acre é acusado de dar uma nova redação à lei, ao imprimir o “Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Acre”, fixando que a gratificação era devida aos servidores ocupantes de cargos de nível superior, “inclusive aos magistrados”.

Em maio de 1998, o STF, por unanimidade, suspendeu a gratificação de nível superior que estivesse sendo paga aos magistrados, ativos e inativos, do Estado do Acre.
Associação desmente
Em nota, a Associação de Magistrados do Acre informa que nenhum juiz do estado recebe a gratificação cancelada por Gilmar Mendes hoje e diz que “a única utilidade da decisão do ministro é engrossar a avassaladora campanha contra a magistratura nacional”.

Lotofácil de Independência vai pagar R$ 75 milhões

Desde ontem (29), todas as apostas da Lotofácil registradas nas casas lotéricas serão voltadas para a Lotofácil da Independência, que vai pagar um prêmio de R$ 75 milhões. Os apostadores poderão fazer suas apostas até o dia 6 de setembro, um dia antes do sorteio, que será realizado a partir das 9h.

O prêmio do concurso especial não acumula, ou seja, o ganhador será quem acertar a maior quantidade de dezenas entre os 15 números sorteados. Para apostar, basta marcar de 15 a 18 números dentre os 25 disponíveis, ou deixar que o sistema escolha os números. O preço da aposta simples, com 15 anúmeros, é de R$ 2.

Também é possível apostar no Bolão da Caixa, formando um grupo de apostadores. Os bolões para a Lotofácil da Independência têm preço mínimo de R$ 10 e cada cota deve ser de pelo menos R$ 2, sendo possível realizar um bolão de no mínimo duas e no máximo 50 cotas.

'Partido da favela' pede registro ao Tribunal Superior Eleitoral


 
O ator Lázaro Ramos no lançamento do partido 
Nesta quarta-feira (30), o partido Frente Favela Brasil, terá seu pedido de registro oficializado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).A ideia é mobilizar negros e moradores de favela em defesa dos seus interesses, nos moldes do que fazem as bancadas evangélica e ruralista. 

Negros e pardos são 54% dos brasileiros. Cerca de 6% da nação mora em favelas. No entanto, apenas dois em cada dez deputados federais eleitos em 2014 se consideram pretos ou pardos. Se for autorizado, o Frente será o 36º partido brasileiro.

Se o partido tiver o registro aprovado pela Justiça Eleitoral, passará à etapa seguinte, a de coleta de assinaturas. Pela lei, precisa colher um mínimo de 487 mil assinaturas, ou 0,5% dos votos válidos na última eleição. Para alcançar a meta, a ideia é usar redes sociais e a fama de alguns de seus membros e entusiastas, como Lázaro Ramos, MV Bill, Mano Brown e Sandra de Sá.

É indiscutível a qualidade da seleção brasileira, mas sem oba-oba

Por Tostão, médico, ex-jogador, e um dos heróis da conquista da Copa de 1970.
Penso que Tite deveria aproveitar os quatro últimos jogos pelas Eliminatórias, escalar uns dois reservas diferentes a cada partida e criar alguma opção tática. Isso não enfraqueceria o conjunto nem a eficiência da equipe, e o técnico reforçaria suas convicções.

Como a seleção não tem um clássico meia de ligação pelo centro - nem precisa-, imagino que Tite possa usar Luan, do Grêmio, como um reserva para Philippe Coutinho, saindo da direita para o centro, tentando receber a bola entre os volantes e os zagueiros, como faz Coutinho. O reserva habitual é Willian, que atua mais aberto, como um ponta.

Está tudo muito bem na seleção, mas há muito oba-oba, exageros, bajulações, desconhecimentos e/ou distorções de fatos. Vou tentar fazer o contraponto, ser um advogado (comentarista) do diabo, sem pretensão de ser o dono da verdade.

Coutinho é excelente, o maior destaque do Liverpool na última temporada, mas é um tremendo exagero dizer que está entre os maiores do futebol mundial, próximo a Neymar. Não está nem na lista dos 24 melhores. O Liverpool não tem uma grande estrela da Europa, o que facilita o protagonismo do jogador brasileiro. No domingo, o Liverpool, sem Coutinho, massacrou o Arsenal, na goleada por 4 a 0, para a tristeza de José Trajano.

Se Coutinho é superelogiado, Firmino é, no Brasil, menos do que merece. Os ufanistas e/ou os que só assistem aos melhores momentos do Campeonato Inglês pedem a convocação de Jô ou de Diego Souza. Firmino, além de bom finalizador, facilita muito para os companheiros, pois se movimenta bastante e troca muitos passes. Ótimos centroavantes são os que não se limitam a serem artilheiros.

Escuto, com frequência, que Gabriel Jesus já é uma das estrelas da Europa. Menos, menos. Ele é muito bom e está em evolução. Desde que chegou à Inglaterra, joga bem e faz muitos gols, por ser veloz, bom finalizador, se posicionar bem e porque joga em um time muito ofensivo, que possui dois meias excepcionais (De Bruyne e David Silva) e cria muitas situações de gol. Centroavante bom vai sempre ser artilheiro no Manchester City. Agüero já é um dos maiores da história do clube.

Gabriel Jesus é titular, mas Guardiola ainda tem dúvidas se escala, juntos, o brasileiro e o Agüero, como na penúltima partida, ou apenas um, como no domingo. Agüero ficou na reserva, chateado. Gabriel Jesus foi substituído nos dois jogos. No último, o City fez o gol da vitória no fim, após a saída do brasileiro.

Casemiro evoluiu muito, é titular do Real, mas dizer que ele não tem um reserva à altura é ser ufanista e/ou não ver os jogos do time espanhol. Kovacic, com frequência, tem atuado muito bem, no lugar de Casemiro, de Kross ou de Modric. Nas duas vitórias recentes sobre o Barcelona, Kovacic foi brilhante, no primeiro jogo, na vaga de Casemiro, e, no segundo, na função de Modric, que estava contundido.

É inquestionável a enorme qualidade dos jogadores da seleção brasileira, de Tite e da comissão técnica. Eles não precisam de bajulação. A seleção está pronta. Teoricamente, isso é bom, mas me preocupa por lembrar que também estava pronta, quando deu show na Espanha, na final da Copa das Confederações, em 2013, antes do Mundial. Havia um enorme endeusamento aos jogadores e a Felipão. Tite, como todo ser humano, gosta de elogios, mas não de oba-oba.

Regra de suspeição de juízes pode ser ampliada

Na Coluna do Estadão
A polêmica sobre decisões do ministro Gilmar Mendes, do STF, que beneficiaram o empresário Jacob Barata motivou a apresentação de um projeto de lei que amplia as possibilidades nas quais um juiz pode ser impedido de atuar num processo. O magistrado não poderia, por exemplo, atuar nos casos em que foi padrinho de casamento das partes, fato que revelaria convivência familiar próxima. O deputado Major Olímpio (SD-SP) incluiu na justificativa uma foto de Gilmar Mendes como padrinho de casamento da filha de Jacob Barata, solto por ele.

Pra sempre. Para convencer os colegas a aprovar seu texto, o deputado diz que “a função principal de um padrinho é estar disponível na alegria e na tristeza”. E que a madrinha cabe, até mesmo, “acompanhar a noiva ao banheiro no dia do casamento”. Já os padrinhos “tem como função fazer a pista de dança ferver até o fim da noite, garantindo a animação da festa até o último convidado deixar o salão”.
Com a palavra. O ministro tem dito que ser padrinho de casamento não significa ter uma relação íntima com a pessoa. A PGR entende que há suspeição.
Gilmar Mendes no casamento da filha de Jacob Barata, em 2013 
Gilmar Mendes no casamento da filha de Jacob Barata, em 2013

Jovem pede namorada em casamento diante do papa Francisco


Um jovem ativista venezuelano chamado Dario Ramírez protagonizou uma cena inusitada durante uma audiência com o papa Francisco no Vaticano: ele pediu sua namorada em casamento no meio do evento.

O vídeo (acima) do pedido de casamento viralizou nas redes sociais e mostra Ramírez cumprimentando o líder católico ao lado de sua namorada em audiência na Sala Clementina no último domingo (27).

Após entregar alguns presentes a Jorge Mario Bergoglio, o jovem então se ajoelhou perante a mulher e fez o pedido para ela. Tanto a namorada como Francisco se surpreenderam com o gesto e o líder católico sorriu bastante ao ver a cena.

MPF move ação contra decreto que extinguiu reserva na Amazônia

MPF move ação contra decreto que extinguiu reserva na Amazônia
O Ministério Público Federal do Amapá (MPF-AP) protocolou ontem, 29, na Justiça Federal uma ação para revogação do decreto presidencial que extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca).

Na ação, o MPF-AP argumenta que o decreto “é uma afronta à Constituição e mantém o meio ambiente sob ameaça de ecocídio”. A ação sustenta que o novo texto, divulgado na segunda após críticas de ambientalistas e artistas, “não apresenta real modificação do conteúdo do decreto revogado”.

Segundo o MPF-AP, embora a Renca não seja caracterizada como uma unidade de conservação ambiental, é possível classificá-la como espaço territorial especialmente protegido – e, assim, poderia ser alterada apenas por meio de lei específica, conforme a legislação. “O MPF-AP desconhece caso de efetivo sucesso que alie a atividade minerária à proteção da natureza, restando inegáveis prejuízos à população do entorno e ao meio ambiente”, disse, em nota.

Um grupo de parlamentares e associações ligadas ao meio ambiente realizará hoje, 30, no Congresso Nacional uma mobilização contra a extinção da Renca e outras iniciativas do governo consideradas nocivas ao meio ambiente. “A Renca é só a ponta do iceberg em meio ao ataque que o governo está promovendo, em vários flancos, ao sistema de proteção ambiental do País”, disse um dos organizadores, Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica.

Em nota, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) afirmou que “as críticas e os temores infundados” provocados pela notícia da extinção da Renca foram “motivados por mentiras e distorção”. A instituição disse que “autorizar mineração na Renca não é, absolutamente, sinônimo de destruição” e que a presença de atividade empresarial tem alto potencial para melhorar a preservação ambiental, pois há compensações socioambientais. “A desinformação deu origem a notícias e análises com embasamento falso, ou fake news. Essas, por sua vez, motivaram parte da sociedade a criticar o ato do governo, sem que pudesse, antes, ter acesso a fontes confiáveis e detentoras de conhecimento técnico sobre mineração. A pressa em noticiar confundiu a opinião pública.”

Clonando Pensamento: Eleições

"Não falo dessa tal reforma política, exceto para dizer que precisamos mais de uma metamorfose dos políticos do que de uma mudança de regras. Sou, entretanto, a favor de eleições que nos livrem dos canalhas. Sou contra esse tal fundo eleitoral que alguns imbecis chamam de “democrático”. Partidos políticos são associações de cidadãos e, como um clube, devem ser auto financiáveis." (Roberto DaMatta, jornalista - Estadão)

Turismo: Bla, bla, bla...

Essas reuniões, esses congressos, esses seminários, que continuam sendo realizados constantemente para discutir, sugerir e descobrir meios e condições para incrementar o turismo em cidades do Pará, só dão nisso: os palestrantes falam, falam..., prometem, prometem...; os participantes ouvem, ouvem..., anotam, anotam..., aplaudem, aplaudem...; todos se abraçam, se beijam, comem e bebem muito, mas pouco ou nada se torna realidade nas formas aprovadas nesses eventos que, na minha opinião, mesmo assim, são válidos. Outra coisa, como diria o meu saudoso pai, "no meu fraco pensar", se não forem reduzidos os preços de passagens aéreas, é difícil serem gerados melhores resultados nesse setor que é muito importante para a geração de renda e emprego.

Clonando Pensamento

"Para ter fé, para crer em Deus, basta-me olhar uma flor, um sorriso de criança, ouvir o gorjeio de um passarinho... Para ser cristão, não necessito mais do que assistir o milagre de um crepúsculo, a beleza de um amanhecer, o esplendor de um luar, o fascínio das estrelas que se equilibram no céu... Quem, na verdade, poderia ter criado tudo isso do nada? FOI DEUS!" (Emir Bemerguy)

Gays: Aceitação e respeito

Democracia não é só o direito de ser igual. É, também, o direito de ser diferente. É o caso dos gays, assumidíssimos, cujo número já é bem expressivo em Santarém. Merecem respeito e ser aceitos "numa boa", como são.

Encontro de "chupa osso"

Os obidenses, Edinaldo Mota (advogado e ex-radialista) e Hécio Amaral (historiador), conversam e traçam planos para o lançamento de seus livros que brevemente sairão das gráficas, contando muitas histórias interessantes que certamente serão de agrado de seus amigos e fãs, entre os quais me incluo. A foto foi tirada pela Nilza Verônica, filha do Hélcio, que aceitou o meu convite para ser integrante da equipe de colaboradores deste blog.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

O Amazonas mede na urna a ampla rejeição aos políticos

Por Clóvis Rossi - Folha de SP
O resultado da eleição extra no Estado do Amazonas é o primeiro alerta real, pesquisas à parte, sobre o estado de ânimo do eleitorado: o público não está gostando nada dos políticos que tem à disposição.

Números que comprovam o alerta vermelho: 43% dos votantes preferiram não votar em ninguém, se contabilizadas a abstenção, os votos nulos e os brancos. Consequência: o segundo turno, concebido para permitir a instalação de um governante com maioria clara, produziu um governador (no caso, Amazonino Mendes, do PDT) com apenas 33% dos votos possíveis. O ex-governador, de volta ao cargo, teve 775 mil votos em um eleitorado de 2,337 milhões.

Só os que fugiram das urnas, preferindo a abstenção, foram 595 mil, mais do que os votos dados a Eduardo Braga (PMDB), o adversário de Amazonino, que ficou com 531 mil votos.

É claro que não dá para extrapolar o resultado do Amazonas para o conjunto do Brasil. É apenas um primeiro sinal. Até porque, quando se fala tanto em nomes novos para a política, eis que o Estado teve que decidir entre duas figuras antigas, típicas representantes do que há de mais velho na deformada política brasileira.

É bom levar em conta que, na eleição presidencial de 2014, já ocorrera um "não" maciço aos dois finalistas, Dilma Rousseff e Aécio Neves: 30 milhões de eleitores não se deram ao trabalho de comparecer às urnas (21%) do total. Com votos branco e nulos, o total do "não" aos candidatos chegou a quase 28%.

Consequência inescapável: como no Amazonas agora, na eleição presidencial de 2014, a vencedora, em vez da maioria nítida que o segundo turno deveria proporcionar, ficou com apenas 38% do eleitorado (54,5 milhões em 141,8 milhões).

É óbvio que o fracasso da gestão Rousseff mais a sucessão de escândalos que estourou a partir de 2014 só pode ter levado ao desencanto/irritação do eleitorado. O Amazonas é uma primeira e pequena amostra desse estado d'alma. Resta saber se o mundo político tomará nota dele. Se você quer saber, eu duvido.

Governo recua e anuncia novo decreto para mineração em reserva na Amazônia

Após a polêmica gerada com o decreto do presidente Michel Temer (PMDB), publicado na última quarta-feira (23), liberando para a mineração privada uma área na região Amazônica equivalente ao território da Dinamarca, o governo anunciou um recuo da proposta. Nesta segunda-feira (28), o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, e o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, anunciaram que o governo revogará o decreto e publicará um novo texto em que detalha as condições para exploração mineral da área da Reserva Nacional de Cobre e Associadas (Renca).

“Sairá brevemente um novo decreto colocando ponto por ponto de como deverá ser agora depois da extinção da Renca, preservando todas as questões ambientais e indígenas, sejam elas estaduais ou federais”, disse Coelho Filho. De acordo com ele, o novo decreto trará pontos mais claros, como mais restrição e mais garantias às reservas indígenas. 

Com o dedo na ferida

Editorial - Estadão
Na sexta-feira passada, houve no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma sessão um tanto incomum. Ao tomar posse como juiz efetivo do tribunal eleitoral, o desembargador federal Fábio Prieto, ex-presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3.ª Região, proferiu um discurso forte contra a sindicalização da magistratura, um tema considerado tabu dentro do Judiciário. Depois, em entrevista ao Estado, o desembargador voltou a falar na necessidade de “superar o modelo corporativo-sindical de Justiça no Brasil”.

Segundo Fábio Prieto, faz-se necessária uma reforma da reforma do Judiciário. Apesar da boa-fé de quem promoveu a reforma de 2004, ela não apenas foi incapaz de vencer os males do patrimonialismo, do clientelismo, do assembleísmo corporativo e da burocratização, como “contribuiu muito para reforçá-los”, disse o novo juiz do TRE. A título de exemplo, o desembargador citou a estrutura de controle do Judiciário, com seus quatro conselhos – Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho da Justiça Federal (CJF), Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). “O modelo com quatro conselhos é desperdício de dinheiro público”, disse.

“Somados os quatro conselhos de Justiça, o Brasil deve ter um dos maiores e mais caros sistemas de controle e fiscalização judiciária do mundo. Com tal fragmentação, os órgãos são necessariamente disfuncionais, com decisões contraditórias e inconciliáveis”, afirmou Fábio Prieto. O resultado é claro: “Passados 13 anos, com custos econômicos astronômicos, estes conselhos não zelaram, sequer, pela fixação do teto salarial”, disse o ex-presidente do TRF da 3.ª Região. Para desfazer qualquer dúvida sobre a origem do problema, acrescentou: “A composição dos conselhos é vulnerável ao corporativismo”.

Além da estrutura de controle cara e disfuncional, Fábio Prieto denunciou a prática da sindicalização da magistratura, “um vício novo e extremamente perigoso para a sociedade brasileira”. “A Reforma de 2004 reproduziu, no Judiciário, o modelo sindical brasileiro, cartorial e indutor de lideranças medíocres, incapazes de formular uma proposta séria e aceitável de sistema de justiça.” Raro nas altas esferas do Judiciário, o diagnóstico é também preciso, mostrando os efeitos perversos desse mal que tanto avançou na última década sobre a magistratura.

“A pior, e mais perigosa, demagogia foi operada com o assembleísmo corporativo vestindo a pele da democracia”, afirmou o desembargador. “Algumas associações assumiram discurso de sindicato. Há presidentes de associações dando palpite sobre tudo. Ora, é proibido ter sindicalização de juiz”, disse Fábio Prieto ao Estado. “O juiz não pode estar gritando sobre o que o deputado está fazendo, sobre o que o empresário está fazendo, sobre o que o jornalista está fazendo. Esse não é o nosso papel.”

É cada vez mais rara essa consciência sobre os diferentes papéis institucionais numa sociedade democrática. Tornou-se habitual confundir democracia com ativismo e indiferença aos limites institucionais, sem atinar para o fato de que um Estado Democrático de Direito exige estrito respeito às esferas de atuação de cada instituição. “O juiz tem de fazer sentença, e o desembargador tem de fazer voto. É essa a nossa função”, disse Fábio Prieto na entrevista. No entanto, “há juízes que não fazem uma sentença há cinco, dez anos. Vivem de sinecura em sinecura”.

Longe de proteger a democracia, o corporativismo dos juízes é um perigo para o bom funcionamento das instituições. “O Judiciário e as Forças Armadas são as chamadas instituições garantidoras de última instância do próprio sistema democrático. É por isto que não há democracia interna nos tribunais e nos quartéis. (...) É grave e distinta a responsabilidade social, com a democracia, destes profissionais públicos”, disse o novo juiz do TRE.

Corajoso, esse bom senso anda fazendo falta ao País e à magistratura, cuja expressiva maioria de juízes sérios e trabalhadores não é representada pelo corporativismo espalhafatoso de algumas associações.

Cabeleira sabia tudo sobre o futebol santareno

Cabeleira, eu e Carlos Meschede, no Bar Mascote
Um pouco antes de sua morte (25.03.2016), conversando com ele, pedi ao meu saudoso amigo Adilson (Cabeleira), que era considerado um profundo conhecedor do futebol santareno de todos os tempos, para citar a formação de um time do América Futebol Clube, que fez muito sucesso na década de 60. Prontamente, ele disse: Dario Tavares, Orlando Cota, Moura, Nascimento e Truíra; Dedé e Cabeleira; Ataualpa, Licurgo, David Moraes e Pingo. E disse mais: nessa época, o São Francisco tinha um timaço: Táro, Batista e Manoel Luiz; Búfalo, Jó e Romano; Aloisio, Mindó, Beleza Preta, Baruca e Vadinho. Bons tempos!

Ser lembrado é muito bom

Eu, abrindo o programa
Sinceramente, eu não me lembro dela, mas fico gratificado e muito feliz em saber que a Rádio Rural, o Edinaldo Mota e eu, contribuímos para que a Maria do Rosário Mendes, hoje uma esposa, mãe e avó, residente em São Paulo, realizasse o seu sonho, conforme ela relata, assim:
Saudosista eu sou... Lembro da minha amada Santarém, e do E do E-29 Show. Da Rádio Rural, do Ercio e Edinaldo jamais esquecerei. Arte, cultura e muita animação, no programa acontecia. E a plateia vibrava de emoção. Astros e estrelas surgiam e, valorizados, faziam sucesso. Crianças, jovens e idosos aplaudiam. Em toda parte da cidade o programa era ouvido. E o povo sorria, esbanjando alegria e felicidade. Como caloura eu cantei, fui aplaudida, graças a Deus, e um grande sonho realizei. 
Maria do Rosário, eu agradeço pela lembrança e o carinho.

Onde morei na minha meninice

A foto acima mostra como era, na década de 50, em Santarém, a travessa 15 de Novembro, trecho entre as ruas João Pessoa (hoje, Lameira Bittencourt) e Siqueira Campos. Estacionado em frente da casa onde eu morava com os meus pais e irmãos, vê-se a nossa caminhote Ford (fotos abaixo e acima) e que foi o primeiro "carro de praça" da cidade, dirigido pelo meu saudoso mano Eros. Na casa onde morávamos, funcionava o Foto Santarém, do meu pai (Vidal), que era fotografo. No citado trecho, residiam, também, as famílias do "Seu" Chaib, do Pedro Mota, do Didimo Rodrigues e do Chico Chaves (pai do Ivair).
Quando chovia, a travessa ficava assim. No fundo, o Caisinho.

Navegando... Aventurando... Amando!

A Internet desempenha papel importante na guerra dos sexos. Basta apenas o internauta entrar nas salas de bate-papo para conhecer pessoas, fazer amizades, paquerar, arranjar companhia. Se na paquera “ao vivo”, cara-a-cara, olho-no-olho, a aparência é fundamental, conta muito, nas conversas on-line se torna um mero detalhe.

Quando os encontros são marcados, o homem passa a viver a expectativa , a ansiedade, a fantasia, a esperança, imaginando o perfil da pessoa conquistada, ou seja, se ela é gorda ou magra, loira ou morena, alta ou baixa, bonita ou feia, solteira ou casada, rica ou pobre, jovem ou não. Essa expectativa também vive a mulher em relação ao homem. O encontro, quando acontece, é sempre uma surpresa agradável ou péssima, horrível, mesmo.


Gente tarimbada nessas aventuras virtuais aconselha: “Nos papos on-line, desconfie de quem pergunta muito e revela pouco sobre si mesmo(a). E, sobretudo, jamais acredite em tudo o que está escrito nas respostas. Confie, desconfiando”. Ninguém pode ser tão ingênuo para não admitir que numa conversa entre desconhecidos não possa haver boa dose de mentira e homens e mulheres de péssimo caráter.

O recado está dado, mas, se quiser, enfrente os riscos, porque às vezes, as conquistas e os relacionamentos descolados pela telinha do computador, dão certo, valem a pena. Resolvem situações do tipo que é contada por uma internauta: “Cheguei a um ponto em que não tenho mais paciência e nem idade para ficar contando a história da minha vida ou tentando mostrar pessoalmente o quanto sou legal, para um Zé Ninguém que eu tenha conhecido numa balada ou num barzinho da moda. Pela Internet consigo peneirar as pessoas que procuro e que me interessam, que pensam como eu, que querem o que eu quero: ser feliz na cama e na vida inteira, bem juntinhos”.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Eleição no Amazonas expõe amargura nacional

O protesto em forma de votos nulos, brancos e abstenções na eleição suplementar do Amazonas não só expôs a rejeição estrondosa da maioria da população à política tradicional. Foi uma amostra da mágoa do eleitor brasileiro com os gestores do dinheiro público. Tanto Amazonino Mendes (PDT), vitorioso na eleição, quanto Eduardo Braga(PMDB), assimilar amo recado. "É um grito de alerta para um País que praticamente perdeu o rumo", admitiu Amazonino. Braga afirmou que é preciso“pé no chão para compreender”o aviso.

Realidade Juntos, Amazonino e Braga obtiveram 1,3 milhão de votos. A soma de eleitores que votaram branco, nulo ou simplesmente não foram às urnas, em todo o Amazonas, ultrapassou a casa de 1 milhão.“Me sinto mais responsável. A gente tem que respeitar o protesto”, disse Amazonino.

Acachapante No confronto direto pelos eleitores que escolheram uma das duas opções, Amazonino Mendes arrastou uma multidão de votos no interior do Estado: venceu em 40 cidades e também na capital. Braga só conseguiu superá-lo em 21 municípios.

Expressivo Nos maiores colégios eleitorais do Amazonas, Braga só venceu em Itacoatiara, com 60% dos votos. Em Parintins, Amazonino atraiu 65,9% dos eleitores, em Manacapuru venceu com 59,2%, em Coari teve 76% e em Tefé 70%.

União No primeiro discurso após a confirmação de sua vitória, Amazonino Mendes adotou um tom conciliador. "Não há inimigos. Há um só povo e parte dele sofrendo, descrente".Saudações Hoje, na companhia de Omar e do deputado Pauderney Avelino (Democratas), Amazonino viaja para Brasília, às 11h. Tem encontro marcado com o presidente Michel Temer às 18h.

Parabéns, bancários!

Dia do Bancário Imagem 2
Durante 35 anos pertenci a essa categoria, trabalhando em várias agências do Banco da Amazônia.

Após ficar paraplégica, mulher é deixada pelo marido e começa namoro com personal trainner

Riona Kelly sofreu um acidente doméstico em março de 2015 que causou uma lesão na espinha, a mulher de 37 anos recebeu a notícia de que ficaria paralisada da cintura para baixo. Apenas cinco dias após ter sido internada no hospital, ela sofreu mais um duro golpe: seu marido com quem estava há 14 anos e com quem tem quatro filhos deu entrada no pedido de divórcio. No entanto, ela é um verdadeiro caso de superação e, atualmente, está namorando o personal trainner Keith Mason, que a ajudou no período de reabilitação.
"Olhando para trás, eu estava em um casamento miserável, mas nós tínhamos construído uma vida juntos e tínhamos responsabilidades. Foi um momento em que eu mais precisava do meu marido", contou Riona ao 'The Sun'.

Agora, o casal Riona e Keith demonstra nas redes sociais o quanto estão apaixonados e felizes juntos. "Para fazer a diferença na vida de alguém você não precisa ser brilhante, rico ou perfeito. Você só precisa cuidar", escreveu Mason na legenda de uma foto com Riona no Instagram.

"Nós caminhamos e rodamos pela vida juntos e juntos enfrentamos todos os obstáculos. Meu melhor amigo é minha pedra, minha força, meu apoio, minha felicidade, meu mundo. Às vezes, escolhemos as pessoas erradas para compartilhar nossas vidas, mas temos que confiar em nós mesmos, ter respeito por quem somos. Eu encontrei a metade que faltava. A vida é o que você decide fazer e com quem você decide fazer isso. Tenha certeza de que as decisões seguem a vida dos sonhos que você deseja. Faça o sonho se tornar realidade", publicou Fiona na rede social.

Vale a pena ler: Políticos ‘se lixam’ para a sociedade

Por Carlos Alberto Di Franco - Estadão 
O Congresso Nacional está de costas para a sociedade. Está “se lixando” para a opinião pública. A prioridade dos parlamentares é livrar a cara e garantir o poder. É tremendo. Mas é assim que acontece.

A política brasileira está podre. Ela é movida a dinheiro e poder. Dinheiro compra poder e poder é uma ferramenta poderosa para obter dinheiro. É disto que se trata as eleições: o poder arrecada o dinheiro que vai alçar os candidatos ao poder. Saiba que, atualmente, você não faz diferença alguma quando aperta o botão verde da urna eletrônica para apoiar aquele candidato que, quem sabe, possa virar o jogo. No Brasil, não importa o Estado, a única coisa que vira o jogo é uma avalanche de dinheiro. O jogo é comprado, vence quem paga mais.

Em resumo, amigo leitor, durante os governos petistas, ancorados num ambicioso projeto de perpetuação no poder, os contratos da maior empresa brasileira com grandes empreiteiras eram usados como fonte de propina para partidos e políticos. Dá para entender as razões da vergonhosa crise da Petrobrás – pilhagem, saque, banditismo, estratégia hegemônica –, que atingiu em cheio os governos de Dilma Rousseff e Lula da Silva.

Impulso à mineração

No Estadão
A extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) abre caminho para a exploração racional de uma imensa área da Amazônia rica em minerais, mas que, por imobilismo político e administrativo, foi mantida por mais de 30 anos praticamente isolada de quaisquer ações públicas e privadas, especialmente as voltadas para a mineração. A extinção da reserva – criada em 1984, no período final da ditadura militar – decorre de decreto do presidente Michel Temer publicado na quarta-feira passada no Diário Oficial da União. O objetivo da medida, segundo o governo, é atrair investimentos para uma região cuja população carece de oportunidades de trabalho e renda.

O isolamento da área de 47 mil quilômetros quadrados nos Estados do Pará e do Amapá por tanto tempo à espera de uma ação do governo gerou uma grande discrepância econômica e social em relação às áreas circunvizinhas, que, nesse período, se transformaram em razão dos investimentos recebidos por meio de diferentes projetos.
Mais aqui >Impulso à mineração

Eleições: O que vale é a lei

“A legislação permite a manifestação política desde que não haja pedido expresso de votos nem campanha acintosa”, disse o ministro Admar Gonzaga, do TSE, sobre as pré-campanhas.

Zenaldo renunciará?

Na Coluna do jornal Estadão
Metade das capitais do Brasil pode trocar de comando a partir de abril de 2018. Pelo menos 13 dos 26 prefeitos de capitais avaliam os cenários políticos para disputar o governo. Para isso, precisam renunciar aos mandatos conquistados em 2016 e entregar a chave das cidades nas mãos de seus vices. Em São Paulo, se sair candidato, João Doria (PSDB) passará o bastão para seu vice, Bruno Covas (PSDB). Já a prefeitura de Salvador seria assumida pelo desconhecido Bruno Reis (PMDB) caso o prefeito ACM Neto (DEM) concorra ao governo.

Troca-troca. Concretizada, a renúncia dos prefeitos vai alterar o quadro partidário nas capitais. O PSDB, por exemplo, pode perder Porto Velho, Belém e Maceió onde os vices são do PSDC, PSB e PP.

Bênção

Editorial - Folha de SP
Considerada a realidade do sistema penitenciário brasileiro, o empresário Jacob Barata Filho pode julgar-se indivíduo de sorte. Detido no dia 2 de julho em mais uma fase da Lava Jato, o famigerado Rei do Ônibus permaneceu menos de dois meses atrás das grades.

De acordo com os investigadores, a prisão provisória era necessária não só para frustrar planos de fuga mas também para interromper o ciclo de pagamento de propinas e garantir o levantamento de provas sobre ilegalidades no sistema de transporte coletivo do Rio.

Os argumentos convenceram o juiz Marcelo Bretas e os desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito Santo (do Tribunal Regional Federal da 2ª Região), mas não Gilmar Mendes. O ministro do Supremo Tribunal Federal concedeu a Barata nada menos do que duas ordens de soltura, uma no dia 17, outra no dia 18 deste mês.

O Rei do Ônibus aguardará seu julgamento em prisão domiciliar, um benefício constantemente negado a dezenas de milhares de pessoas acusadas dos mais diversos crimes. Segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça, há no país pelo menos 221 mil presos provisórios, um terço da massa carcerária brasileira.

Consequência do descaso das autoridades, essa situação agrava o caos penitenciário e constitui uma das razões para rebeliões e massacres como os do começo do ano.

O mesmo estudo indica que, no Rio, os presos provisórios (23 mil) representam quase a metade do total (51 mil) de encarcerados do Estado -e que eles, em média, aguardam julgamento por pouco mais de um ano (375 dias) atrás das grades (a média nacional é de 368 dias).

Médias, como se sabe, ocultam as particularidades de cada caso. Num processo penal, existem diferenças relativas ao tipo de crime e à qualidade do advogado contratado, para ficar em dois exemplos. Isso faz parte do jogo. O que não faz, ou não deveria fazer, são os laços entre acusado e julgador.

Entre outros fatos que atestam proximidade desconfortável está o casamento do sobrinho da mulher de Gilmar Mendes com a filha de Barata. Na cerimônia, o ministro acompanhou a esposa, madrinha .

Nada impede, de um ponto de vista objetivo, que Gilmar Mendes atue nesse processo. Sua relação com o Rei do Ônibus, contudo, torna legítimo desconfiar de decisões favoráveis ao empresário. A Justiça, como todo ministro do STF sabe, também vive de simbolismos.

Abalar a reputação do Judiciário seria um desserviço em qualquer democracia, mas é ainda mais grave num país onde os demais Poderes já vivem momento de descrédito -e cujo sistema prisional reserva mais rigor a uns do que a outros.

A desfaçatez de Dilma (PT)

Editorial - Estadão
A cada manifestação pública da presidente cassada Dilma Rousseff – e elas são cada vez mais frequentes –, a maioria da população que apoiou o seu impeachment, consumado pelo Senado há quase um ano, é tomada por um misto de realização e alívio por não ver mais o destino do País entregue às mãos ineptas de alguém capaz de tanta confusão, tantos erros e tanta dissimulação.

Talvez a sra. Rousseff esteja se esforçando para compensar, agora que está fora do poder, a alegria que não foi capaz de dar aos brasileiros durante os mais de 5 anos em que ocupou a Presidência da República, um período tão desastroso que ainda exigirá da Nação alguns anos de muito esforço de superação.

Após o governo federal anunciar o plano de privatização da Eletrobrás na terça-feira, a ex-presidente usou as redes sociais para criticar a medida. “Vender a Eletrobrás é abrir mão da segurança energética. Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa deixar o País sujeito à (sic) apagões”, escreveu Dilma Rousseff em sua conta no Twitter.

Como para a ex-presidente a correção das informações é um detalhe desimportante em face da urgência de fazer política rasteira na internet e, sobretudo, de dar à militância um discurso que será prontamente absorvido sem muitos filtros críticos, a sra. Rousseff apressou-se em dizer que “pretendem vender na bacia das almas nossas principais hidrelétricas”. Ora, tivesse lido com atenção o plano apresentado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, Dilma Rousseff teria observado que a Usina de Itaipu – não só uma das “nossas principais hidrelétricas”, como a segunda maior do mundo (superada apenas pela usina das Três Gargantas, na China) – está fora do plano de privatização, bem como a Eletronuclear, como não haveria de deixar de ser. A Constituição determina que a pesquisa, o enriquecimento, a industrialização e o comércio de energia nuclear constituem um monopólio da União.

Qualquer um pode criticar o plano de privatização da Eletrobrás. Soa estranho, porém, quando a crítica é feita por aqueles que pertenceram ao grupo de poder que arrasou o setor energético brasileiro nos últimos 15 anos.

De 2002, quando o PT assumiu o poder, até agora, a União perdeu impressionantes R$ 228 bilhões – valor corresponde a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) – com a ocupação política e a má gestão da Eletrobrás, segundo cálculos da 3G Radar, gestora independente de recursos financeiros e uma das acionistas da estatal, publicados recentemente pelo jornal Valor.

No período avaliado, Dilma Rousseff esteve à frente da política energética do País, seja como ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil do ex-presidente Lula da Silva, seja como presidente da República. A sra. Rousseff sempre foi vendida por seu criador como a estrategista-em-chefe dos rumos do setor elétrico brasileiro, o que, de fato, foi.

Conhecida por sua natureza centralizadora e vaidosa, a ex-presidente sempre se regozijou do panegírico. Trata-se, portanto, de desfaçatez pura e simples, para não dizer má-fé, a crítica desavergonhada que agora Dilma Rousseff se presta a fazer de uma medida do governo cujo objetivo é justamente mitigar o retumbante prejuízo para os cofres públicos que foi a marca indelével de sua propalada “gestão” do setor energético.

Os desatinos econômicos dos governos lulopetistas, principalmente o segundo mandato de Dilma Rousseff, e a nefasta ingerência política do petismo na Eletrobrás, outra empresa estatal vítima de uma visão anacrônica segundo a qual empresas estatais não devem se importar com coisas como saúde financeira ou retorno sobre investimentos, impuseram um pesadíssimo ônus à União, por meio do recurso ao Tesouro Nacional para socorrer as empresas distribuidoras de energia, e aos consumidores, vítimas de mentiras veiculadas em rede nacional.

Todas as críticas ao plano de privatização da Eletrobrás são bem-vindas. Mas, para serem dignas de consideração, elas precisam partir de fontes marcadas pelo conhecimento, pelo espírito público e, não menos importante, pela honestidade.

Saudade das batinas


Ontem, na feira da Praça da República em Belém, vi um padre trajando bermuda curtinha, tipo regata, e mais: usando boina colorida, pulseirinha no pulso, tatuagens nos braços e um brinquinho na orelha direita. Nada contra, mas o visual do reverendo me pareceu muito, muito, moderninho, me fazendo ter saudade, como católico, do tempo em que os padres usavam batina e deles pedíamos, respeitosamente, a bênção.

Clonando Pensamento

Clonando Pensamento.
"Não é a novela que faz mal, que ensina ninguém a nada. É a falta de escola, a falta de saúde, de saneamento básico, de lógica nas decisões  prioritárias que ensina que parece que a população não vale nada.

Não bastasse assistir, também perplexa, diante do silêncio geral da Nação, a tantas aleivosias, tantos tiros, tantas mortes, tantos acidentes, tantos ataques à nossa inteligência e sentimentos. Só nessa semana duas dezenas de mortos em águas doces e salgadas jogados de embarcações inseguras. E empresários combinando – e nós ouvimos as gravações – como economizar em segurança, como roubar, além de dinheiro, as nossas vidas, quando percorremos as estradas em pandarecos." (Marli Gonçalves, jornalista - Diário do Poder)

"Galeria de Amigos": HOLDERLEI DA SILVA RODRIGUES (in memoriam)


Holderlei faleceu no dia 13 do corrente mês. Era, como eu sou também, membro do Senadinho do Clube do Remo. Solidariedade e amor ao próximo foram sentimentos sempre presentes nas ações e nos atos desse Engenheiro Agrônomo admirável, que curtia a sua aposentadoria sempre alegre e feliz ao lado de seus familiares e amigos. Quando nos encontrávamos, e isto com muita frequência, Holderlei sempre colocava em evidência o seu amor por Belterra e seu habitantes, porque, para quem não sabe, ele foi um dos bons administradores da famosa Terra das Seringueiras, antes de tornar-se cidade. Descanse em paz, amigão!

Comandante da Marinha liga falha humana a 80% dos naufrágios no País

O comandante da Marinha brasileira, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, disse em entrevista ao Estado que 80% dos acidentes com embarcações registrados em rios, lagos e mares do País são por “negligência, imperícia ou imprudência”. Apesar de reconhecer que há problemas de fiscalização, o almirante afirmou que os naufrágios ocorridos no Pará e na Bahia na semana passada, que deixaram 41 mortos, não estão diretamente ligados a essa questão.

“A fiscalização precisa melhorar? Precisa. Mas não é só isso”, afirmou Ferreira. “Não é possível ter um fiscal em cada rio e ponto do País e vistoriar todas as embarcações que circulam”, completou. Ele lembra que no Brasil são mais de 20 mil quilômetros de vias navegáveis. Por semana, 4,5 mil viagens intermunicipais são realizadas por barcos, lanchas e navios, conforme a pesquisa Ligações Rodoviárias e Hidroviárias 2016, divulgada neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O comandante ressalta que a fiscalização é difícil porque muitas vezes a distância entre a unidade da Marinha e a área a ser vistoriada chega a 500 quilômetros - como ocorre, por exemplo, na Região Amazônica.

Não há, porém, previsão de abertura de novos postos de fiscalização. De acordo com o Comando da Marinha, no ano passado foram registradas 9.800 infrações, das quais 2.379 concentradas em Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre. No total, foram inspecionadas 173 mil embarcações em 2016. Neste ano, houve 108 mil perícias.

A Capitania dos Portos da Bahia (CBPA), por exemplo, realiza diariamente ações de inspeção naval na Baía de Todos os Santos, “até mesmo em fins de semana e feriados”, como destaca a Marinha em nota oficial. Nessas ações, os inspetores abordam as embarcações atracadas e verificam desde tripulação, lotação e existência de equipamentos obrigatórios de segurança até coletes, sinalizadores, rádios e boias. “Somente em 2017, a CPBA realizou 5.847 inspeções em embarcações de transporte de passageiros na Baía de Todos os Santos.”

Regular. A lancha Cavalo Marinho 1, que naufragou na quinta com 124 passageiros a bordo, passou por 32 inspeções da Capitania dos Portos, a última no dia 20 de agosto. Apesar de testemunhas reclamarem das condições da embarcação, que seria velha, não foram encontradas irregularidades. Investiga-se se o mau tempo, que levou passageiros a fazerem peso de um só lado do barco, foi fator predominante para o naufrágio.

Mas nem sempre a fiscalização da Marinha garante a segurança. Na quinta-feira, um dia após o acidente no Rio Xingu que deixou 23 mortos, a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA) revelou que o barco Capitão Ribeiro já havia sido autuado em junho por não ter autorização para transportar passageiros. Mesmo assim, continuava a realizar normalmente viagens uma vez por semana.

Seu proprietário admitiu, em depoimento à polícia, que há cerca de três anos trafegava com autorização da Marinha até o município de Prainha, uma distância de 170 quilômetros. Ocorre que, no dia em que o barco afundou, a rota era outra, para Vitória do Xingu, um percurso de 380 quilômetros, sem aval oficial. Além disso, antes da viagem que resultou no naufrágio, mentiu para a Capitania dos Portos ao declarar que transportava apenas 2 passageiros - e não 52.


Pelos rios do Pará navegam diariamente cerca de 30 mil embarcações autorizadas pela Marinha do Brasil, mas a Arcon liberou até hoje apenas 128 para o transporte de passageiros em todo o Estado. “Quando nós detectamos alguma irregularidade sobre o transporte de passageiros, comunicamos o fato à Arcon para as devidas providências”, disse o comandante dos Portos do Pará, José Alexandre Santiago.

Bruno Guedes, diretor-geral da Arcon, ressalta que o proprietário é sabedor dos deveres que tem. “Infelizmente ainda há gente que prefere fazer isso de forma clandestina.”

Mudança de hábito. Para o almirante Ferreira, três fatores são preponderantes para que os acidentes marítimos e fluviais caiam no País: a mudança da mentalidade e educação de quem transporta e de quem usa o transporte em águas - que tem de se preocupar em cobrar, por exemplo, coletes salva-vidas e verificar se o barco está lotado -; a punição mais rápida pela Justiça; e a fiscalização. “Mais dinheiro é claro que melhora a fiscalização. Mas, em que pese as restrições orçamentárias atuais, a Marinha faz os máximos esforços para realizar ações de fiscalização em todas as regiões.”

Ao tratar da importância da conscientização da população, o comandante ainda aproveitou para citar casos em que a população se revolta com fiscais que tentam impedir a circulação de uma embarcação em situação irregular. Os moradores alegam, por exemplo, que se trata do único meio de transporte em uma determinada região - algo que é rotina em diversas localidades no Norte. O arquiteto naval Carlos Padovezi observa que há uma melhora na fiscalização realizada pela Marinha nos últimos anos. Mas a extensão da área a ser controlada no Norte do País é um dos fatores que impedem uma melhor eficiência nesse serviço. “É possível ver um esforço da Marinha para melhorar a fiscalização”, explica. “Mas o que acontece é que os fiscais ficam em um porto por alguns dias, checando todas as embarcações, e elas passam a cumprir as regras de segurança”, cita Padovezi. “Só que, assim que para no porto seguinte, o barco começa a receber mais cargas e passageiros do que deveria, voltando a trafegar superlotado.” (Estadão)

Moro diz que acusação de advogado é 'absolutamente falsa


O juiz Sergio Moro divulgou nota na manhã deste domingo (27) contestando as acusações de Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, publicadas pela Folha.

Duran disse que o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo do magistrado, intermediou negociações paralelas dele com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Segundo Duran, Zucolotto —que é padrinho de casamento do juiz— propôs facilidade a ele em um acordo de delação premiada.

"O relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso", afirma Moro na nota.

Duran foi acusado de lavagem de dinheiro e de formação de organização criminosa pelo Ministério Público Federal. Ele tentou fazer delação premiada, mas as negociações fracassaram.

O advogado teve a prisão decretada por Moro e chegou a ser detido na Espanha, mas foi libertado. O Brasil pediu a sua extradição, mas o país europeu negou, já que Duran tem dupla cidadania.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo juiz Sergio Moro:
  • "O advogado Carlos Zucolotto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;
  • O relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;
  • Nenhum dos membros do Ministério Público Federal da força-tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;
  • Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;
  • Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;
  • O advogado Carlos Zucolotto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e
  • Lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria."

Estados e municípios seguem União e devem privatizar estatais

A decisão do governo federal de privatizar a Eletrobrás faz parte de um movimento que começa a se espalhar pelo Brasil inteiro. Com arrecadação em baixa e despesas em alta, Estados e municípios têm enxergado na venda de ativos uma forma de reforçar o caixa e diminuir os efeitos da crise fiscal. Essa “nova onda” de privatização pode render a esses governos quase R$ 80 bilhões, segundo levantamento feito pelo ‘Estado’ com base em informações de bancos, consultorias e mercado.

O valor inclui apenas a venda dos negócios de energia elétrica, gás natural, saneamento básico e iluminação pública. Na lista de empreendimentos que podem mudar de mãos estão ativos das empresas estaduais de energia elétrica, como a Cesp, distribuidoras de gás, empresas de saneamento básico e serviços de iluminação pública.

O movimento coincide com a grave crise financeira enfrentada por Estados e municípios. Sem dinheiro nem para pagar os salários do funcionalismo, como é o caso do Rio de Janeiro, a privatização de estatais, em muitos casos, foi a alternativa que restou para colocar algum dinheiro no caixa.

“A crise fiscal aguda do País e a perda de resistência em relação às privatizações reforçam esse movimento de venda de ativos”, afirma Gesner Oliveira, sócio da GO Associados. Além disso, diz, os últimos 15 anos mostraram uma enorme deficiência das estatais na capacidade de investimentos e no potencial de melhorar o nível de governança das empresas, que vêm sendo sistematicamente envolvidas em inúmeros escândalos de corrupção. “O Estado empresário tem se mostrado muito ineficiente.”

Mas nem tudo deve ser vendido nesse movimento de privatização. Os setores de saneamento básico e distribuição de gás, por exemplo, ainda precisam se estruturar melhor para transformar o interesse de investidores em negócios. Nesses casos, o BNDES tem ajudado na estruturação.

Investidores nacionais e estrangeiros já vêm demonstrando interesse em fazer estudos e auditorias nos ativos à venda. Entre esses investidores, há gigantes como a canadense Brookfield, as chinesas State Grid, CTG e CCCC e grupos nacionais, como a Equatorial e a gestora Vinci Partners, além de fundos de investimentos.

Carro-chefe. Na avaliação de especialistas, embora haja interesse em todas as áreas da infraestrutura, alguns ativos têm maior apelo entre os investidores, como os de energia elétrica. Nesse setor, considerado mais maduro, os negócios podem somar perto de R$ 30 bilhões. Só a distribuidora Light, do Rio, pode envolver R$ 6 bilhões. Embora seja problemática por causa do elevado índice de roubo de energia, a empresa está nos planos de alguns investidores. “Nosso carro-chefe volta a ser aquisições na área de energia”, diz José Guilherme Souza, da Vinci Partners.

A Cemig, controladora da concessionária, colocou mais R$ 8 bilhões de ativos à venda. O movimento é seguido pelo governo de São Paulo, que vai privatizar no mês que vem a Cesp. Outras estatais, como CEB (DF), CEEE (RS) e Copel (PR), também já manifestaram interesse em vender ativos e reduzir seu tamanho.

domingo, 27 de agosto de 2017

Amazonino Mendes é eleito governador do Estado pela quarta vez

Pela quarta vez, Amazonino Mendes será governador do Estado. Ele foi eleito neste domingo para comandar o Amazonas até o final de 2018, completando mandato que foi iniciado por José Melo, cassado por compra de votos.

Amazonino Mendes tinha, com 90,31% das urnas apuradas, cerca de 59,52% dos votos, contra 40,48% de Eduardo Braga, e uma substancial quantidade de votos nulos, brancos e abstenções. Restavam 201 mil votos a serem apurados, enquanto a diferença entre os candidatos já era de 220 mil votos.

Amazonino Mendes, do PDT, foi candidato desta vez pela coligação Movimento Pela Reconstrução do Amazonas, tendo como vice-governador Bosco Saraiva (PSD).

Histórico - Amazonino entrou em campo em 1983, quando assumiu a Prefeitura de Manaus indicado por aquele que foi o técnico de algumas das principais lideranças políticas do Estado: Gilberto Mestrinho. Enquanto Amazonino foi alçado diretamente para o time principal da política amazonense, Braga começou pelas categorias de base, ocupando o cargo de vereador de Manaus a partir de 1981.

Amazonino foi governador pela primeira vez no período de 1987 a 1990. Desse mandato, ele costuma destacar realizações como a construção do Bumbódromo de Parintins, urbanização de bairros e restauração do Teatro Amazonas e do reservatório do Mocó. No ano em que deixou o governo, para assumir uma cadeira no Senado Federal, Eduardo Braga deixava a Câmara Municipal de Manaus e assumia o cargo de deputado estadual.

Dois anos depois, ele e Braga foram jogar no mesmo time, compondo a chapa vencedora na disputa pela Prefeitura de Manaus: Amazonino prefeito, Braga vice. A parceria continuou nos anos seguintes. Amazonino foi prefeito por apenas dois anos. Em 1995, deixou o parceiro Braga no posto de prefeito e foi assumir seu segundo mandato de governador, quando lançou o programa Terceiro Ciclo, que incentivava a agricultura em larga escala.

Na Prefeitura, Braga aproveitou para valorizar seu passe. Ele e Amazonino promoveram a “ação conjunta”, um pacote de obras na capital, resultado da parceria com o governo do Estado.

Campos opostos - A dobradinha acabou em 1998, quando Braga resolveu disputar o governo do Estado contra seu padrinho político. Pela primeira vez, os dois estavam em campos opostos. Amazonino venceu a disputa ainda no primeiro tempo, ou melhor, no primeiro turno.

Reeleito, o terceiro mandato foi marcado por ações como a construção de hospitais, obras de urbanização e a criação da Universidade do Estado do Amazonas.

Em 2008, Amazonino foi eleito prefeito de Manaus, e ficou no cargo por quatro anos, não disputando a reeleição.

Eleito governador do Estado pela quarta vez, Amazonino Mendes afirmou, durante seu primeiro discurso após vencer as eleições, que a quantidade recorde de votos nulos e brancos deve servir de alerta.

" Essas pessoas (que votaram nulo e branco) são o grito de alerta para um país que perdeu o rumo", afirmou Amazonino Mendes, afirmando que irá lutar dia e noite para gerar empregos no Estado. "A maioria dos votos nulos e brancos vieram destas pessoas (sem emprego).   Nós devemos isso a elas", afirmou ele.

Para o governador eleito, no entanto, este fenômeno não é exclusividade no Amazonas. "Se tivesse uma eleição dessa no Pará, em São Paulo, no Rio Grande do Sul,  o resultado seria o mesmo. Existe um desencanto nacional com o processo político", defendeu ele, afirmando que entende  aqueles que não escolheram nenhum dos candidatos.

Dedicando a vitória ao ex-governador e mentor político dele, Gilberto Mestrinho, e à falecida esposa Tarsila Mendes, Amazonino usou discurso pacificador: "Não há inimigo, há um só povo, e parte dele sofrendo", disse o governador,  ressaltando que as portas estão abertas para o candidato derrotado Eduardo Braga. "A gente não vai discriminar ajuda. O que ele puder fazer pelo Amazonas, será muito bem-vindo".
Eduardo Braga fica em terceiro e perde para os votos nulos 
Em Manaus, a opção pelo voto nulo - sem contar os votos brancos - foi a segunda mais escolhida pelos eleitores, ficando à frente dos votos dados ao candidato Eduardo Braga.

Com 100% das 3356 urnas da capital apuradas, o governador eleito Amazonino Mendes teve 423.981 votos, contra 305.170 votos nulos e 271.975 para Eduardo Braga. Os votos brancos foram 57.010.

Levando em consideração também as abstenções na capital, que foram 217.146, e somando-as aos votos nulos e brancos, chega-se ao total de 579.326 eleitores que não escolheram nenhuma das duas candidaturas para comandar o Amazonas. O montante de votos supera os obtidos pelo governador eleito na capital. Na eleição suplementar, os votos nulos, brancos e as abstenções bateram recorde histórico em todo o Estado.