Amazonino Mendes tinha, com 90,31% das urnas apuradas, cerca de 59,52% dos votos, contra 40,48% de Eduardo Braga, e uma substancial quantidade de votos nulos, brancos e abstenções. Restavam 201 mil votos a serem apurados, enquanto a diferença entre os candidatos já era de 220 mil votos.
Amazonino Mendes, do PDT, foi candidato desta vez pela coligação Movimento Pela Reconstrução do Amazonas, tendo como vice-governador Bosco Saraiva (PSD).
Histórico - Amazonino entrou em campo em 1983, quando assumiu a Prefeitura de Manaus indicado por aquele que foi o técnico de algumas das principais lideranças políticas do Estado: Gilberto Mestrinho. Enquanto Amazonino foi alçado diretamente para o time principal da política amazonense, Braga começou pelas categorias de base, ocupando o cargo de vereador de Manaus a partir de 1981.
Amazonino foi governador pela primeira vez no período de 1987 a 1990. Desse mandato, ele costuma destacar realizações como a construção do Bumbódromo de Parintins, urbanização de bairros e restauração do Teatro Amazonas e do reservatório do Mocó. No ano em que deixou o governo, para assumir uma cadeira no Senado Federal, Eduardo Braga deixava a Câmara Municipal de Manaus e assumia o cargo de deputado estadual.
Dois anos depois, ele e Braga foram jogar no mesmo time, compondo a chapa vencedora na disputa pela Prefeitura de Manaus: Amazonino prefeito, Braga vice. A parceria continuou nos anos seguintes. Amazonino foi prefeito por apenas dois anos. Em 1995, deixou o parceiro Braga no posto de prefeito e foi assumir seu segundo mandato de governador, quando lançou o programa Terceiro Ciclo, que incentivava a agricultura em larga escala.
Na Prefeitura, Braga aproveitou para valorizar seu passe. Ele e Amazonino promoveram a “ação conjunta”, um pacote de obras na capital, resultado da parceria com o governo do Estado.
Campos opostos - A dobradinha acabou em 1998, quando Braga resolveu disputar o governo do Estado contra seu padrinho político. Pela primeira vez, os dois estavam em campos opostos. Amazonino venceu a disputa ainda no primeiro tempo, ou melhor, no primeiro turno.
Reeleito, o terceiro mandato foi marcado por ações como a construção de hospitais, obras de urbanização e a criação da Universidade do Estado do Amazonas.
Em 2008, Amazonino foi eleito prefeito de Manaus, e ficou no cargo por quatro anos, não disputando a reeleição.
Eleito governador do Estado pela quarta vez, Amazonino Mendes afirmou, durante seu primeiro discurso após vencer as eleições, que a quantidade recorde de votos nulos e brancos deve servir de alerta.
" Essas pessoas (que votaram nulo e branco) são o grito de alerta para um país que perdeu o rumo", afirmou Amazonino Mendes, afirmando que irá lutar dia e noite para gerar empregos no Estado. "A maioria dos votos nulos e brancos vieram destas pessoas (sem emprego). Nós devemos isso a elas", afirmou ele.
Para o governador eleito, no entanto, este fenômeno não é exclusividade no Amazonas. "Se tivesse uma eleição dessa no Pará, em São Paulo, no Rio Grande do Sul, o resultado seria o mesmo. Existe um desencanto nacional com o processo político", defendeu ele, afirmando que entende aqueles que não escolheram nenhum dos candidatos.
Dedicando a vitória ao ex-governador e mentor político dele, Gilberto Mestrinho, e à falecida esposa Tarsila Mendes, Amazonino usou discurso pacificador: "Não há inimigo, há um só povo, e parte dele sofrendo", disse o governador, ressaltando que as portas estão abertas para o candidato derrotado Eduardo Braga. "A gente não vai discriminar ajuda. O que ele puder fazer pelo Amazonas, será muito bem-vindo".
Eduardo Braga fica em terceiro e perde para os votos nulos
Em Manaus, a opção pelo voto nulo - sem contar os votos brancos - foi a segunda mais escolhida pelos eleitores, ficando à frente dos votos dados ao candidato Eduardo Braga.
Com 100% das 3356 urnas da capital apuradas, o governador eleito Amazonino Mendes teve 423.981 votos, contra 305.170 votos nulos e 271.975 para Eduardo Braga. Os votos brancos foram 57.010.
Levando em consideração também as abstenções na capital, que foram 217.146, e somando-as aos votos nulos e brancos, chega-se ao total de 579.326 eleitores que não escolheram nenhuma das duas candidaturas para comandar o Amazonas. O montante de votos supera os obtidos pelo governador eleito na capital. Na eleição suplementar, os votos nulos, brancos e as abstenções bateram recorde histórico em todo o Estado.
Com 100% das 3356 urnas da capital apuradas, o governador eleito Amazonino Mendes teve 423.981 votos, contra 305.170 votos nulos e 271.975 para Eduardo Braga. Os votos brancos foram 57.010.
Levando em consideração também as abstenções na capital, que foram 217.146, e somando-as aos votos nulos e brancos, chega-se ao total de 579.326 eleitores que não escolheram nenhuma das duas candidaturas para comandar o Amazonas. O montante de votos supera os obtidos pelo governador eleito na capital. Na eleição suplementar, os votos nulos, brancos e as abstenções bateram recorde histórico em todo o Estado.
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