Por Tostão, médico, ex-jogador, e um dos heróis da conquista da Copa de 1970.
Penso que Tite deveria aproveitar os quatro últimos jogos pelas Eliminatórias, escalar uns dois reservas diferentes a cada partida e criar alguma opção tática. Isso não enfraqueceria o conjunto nem a eficiência da equipe, e o técnico reforçaria suas convicções.
Como a seleção não tem um clássico meia de ligação pelo centro - nem precisa-, imagino que Tite possa usar Luan, do Grêmio, como um reserva para Philippe Coutinho, saindo da direita para o centro, tentando receber a bola entre os volantes e os zagueiros, como faz Coutinho. O reserva habitual é Willian, que atua mais aberto, como um ponta.
Está tudo muito bem na seleção, mas há muito oba-oba, exageros, bajulações, desconhecimentos e/ou distorções de fatos. Vou tentar fazer o contraponto, ser um advogado (comentarista) do diabo, sem pretensão de ser o dono da verdade.
Coutinho é excelente, o maior destaque do Liverpool na última temporada, mas é um tremendo exagero dizer que está entre os maiores do futebol mundial, próximo a Neymar. Não está nem na lista dos 24 melhores. O Liverpool não tem uma grande estrela da Europa, o que facilita o protagonismo do jogador brasileiro. No domingo, o Liverpool, sem Coutinho, massacrou o Arsenal, na goleada por 4 a 0, para a tristeza de José Trajano.
Se Coutinho é superelogiado, Firmino é, no Brasil, menos do que merece. Os ufanistas e/ou os que só assistem aos melhores momentos do Campeonato Inglês pedem a convocação de Jô ou de Diego Souza. Firmino, além de bom finalizador, facilita muito para os companheiros, pois se movimenta bastante e troca muitos passes. Ótimos centroavantes são os que não se limitam a serem artilheiros.
Escuto, com frequência, que Gabriel Jesus já é uma das estrelas da Europa. Menos, menos. Ele é muito bom e está em evolução. Desde que chegou à Inglaterra, joga bem e faz muitos gols, por ser veloz, bom finalizador, se posicionar bem e porque joga em um time muito ofensivo, que possui dois meias excepcionais (De Bruyne e David Silva) e cria muitas situações de gol. Centroavante bom vai sempre ser artilheiro no Manchester City. Agüero já é um dos maiores da história do clube.
Gabriel Jesus é titular, mas Guardiola ainda tem dúvidas se escala, juntos, o brasileiro e o Agüero, como na penúltima partida, ou apenas um, como no domingo. Agüero ficou na reserva, chateado. Gabriel Jesus foi substituído nos dois jogos. No último, o City fez o gol da vitória no fim, após a saída do brasileiro.
Casemiro evoluiu muito, é titular do Real, mas dizer que ele não tem um reserva à altura é ser ufanista e/ou não ver os jogos do time espanhol. Kovacic, com frequência, tem atuado muito bem, no lugar de Casemiro, de Kross ou de Modric. Nas duas vitórias recentes sobre o Barcelona, Kovacic foi brilhante, no primeiro jogo, na vaga de Casemiro, e, no segundo, na função de Modric, que estava contundido.
É inquestionável a enorme qualidade dos jogadores da seleção brasileira, de Tite e da comissão técnica. Eles não precisam de bajulação. A seleção está pronta. Teoricamente, isso é bom, mas me preocupa por lembrar que também estava pronta, quando deu show na Espanha, na final da Copa das Confederações, em 2013, antes do Mundial. Havia um enorme endeusamento aos jogadores e a Felipão. Tite, como todo ser humano, gosta de elogios, mas não de oba-oba.
Como a seleção não tem um clássico meia de ligação pelo centro - nem precisa-, imagino que Tite possa usar Luan, do Grêmio, como um reserva para Philippe Coutinho, saindo da direita para o centro, tentando receber a bola entre os volantes e os zagueiros, como faz Coutinho. O reserva habitual é Willian, que atua mais aberto, como um ponta.
Está tudo muito bem na seleção, mas há muito oba-oba, exageros, bajulações, desconhecimentos e/ou distorções de fatos. Vou tentar fazer o contraponto, ser um advogado (comentarista) do diabo, sem pretensão de ser o dono da verdade.
Coutinho é excelente, o maior destaque do Liverpool na última temporada, mas é um tremendo exagero dizer que está entre os maiores do futebol mundial, próximo a Neymar. Não está nem na lista dos 24 melhores. O Liverpool não tem uma grande estrela da Europa, o que facilita o protagonismo do jogador brasileiro. No domingo, o Liverpool, sem Coutinho, massacrou o Arsenal, na goleada por 4 a 0, para a tristeza de José Trajano.
Se Coutinho é superelogiado, Firmino é, no Brasil, menos do que merece. Os ufanistas e/ou os que só assistem aos melhores momentos do Campeonato Inglês pedem a convocação de Jô ou de Diego Souza. Firmino, além de bom finalizador, facilita muito para os companheiros, pois se movimenta bastante e troca muitos passes. Ótimos centroavantes são os que não se limitam a serem artilheiros.
Escuto, com frequência, que Gabriel Jesus já é uma das estrelas da Europa. Menos, menos. Ele é muito bom e está em evolução. Desde que chegou à Inglaterra, joga bem e faz muitos gols, por ser veloz, bom finalizador, se posicionar bem e porque joga em um time muito ofensivo, que possui dois meias excepcionais (De Bruyne e David Silva) e cria muitas situações de gol. Centroavante bom vai sempre ser artilheiro no Manchester City. Agüero já é um dos maiores da história do clube.
Gabriel Jesus é titular, mas Guardiola ainda tem dúvidas se escala, juntos, o brasileiro e o Agüero, como na penúltima partida, ou apenas um, como no domingo. Agüero ficou na reserva, chateado. Gabriel Jesus foi substituído nos dois jogos. No último, o City fez o gol da vitória no fim, após a saída do brasileiro.
Casemiro evoluiu muito, é titular do Real, mas dizer que ele não tem um reserva à altura é ser ufanista e/ou não ver os jogos do time espanhol. Kovacic, com frequência, tem atuado muito bem, no lugar de Casemiro, de Kross ou de Modric. Nas duas vitórias recentes sobre o Barcelona, Kovacic foi brilhante, no primeiro jogo, na vaga de Casemiro, e, no segundo, na função de Modric, que estava contundido.
É inquestionável a enorme qualidade dos jogadores da seleção brasileira, de Tite e da comissão técnica. Eles não precisam de bajulação. A seleção está pronta. Teoricamente, isso é bom, mas me preocupa por lembrar que também estava pronta, quando deu show na Espanha, na final da Copa das Confederações, em 2013, antes do Mundial. Havia um enorme endeusamento aos jogadores e a Felipão. Tite, como todo ser humano, gosta de elogios, mas não de oba-oba.
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