Quando pequena ouvia falar no asfaltamento da BR 163, do crescimento da cidade, do potencial turístico do povo acolhedor, do caribe da Amazônia. Hoje bem mais velha ouço as mesmas coisas e pior com o mesmo tom de esperança, a diferença esta na dor que sinto no peito de saber que ainda é uma realidade distante.
Sou a favor SIM da divisão do estado do Pará, na verdade não é uma divisão é apenas uma legalização do que já é separado há décadas pela miséria, pelo abandono político, pelo preconceito, pela divisão de valores, direitos e deveres.
O estado é divido em 4 e não só em 3 como estão querendo. Vamos conhecê-los:
Estado Rico: Belém e Região metropolitana;
Estado Classe Média: a Região do Carajás que, ainda com todas as dificuldades, consegue ficar com algum recurso;
Estado Pobre: região Oeste, que sonha melhores condições de infra estrutura, saneamento básico, crescimento na sua economia, turismo, educação e saúde;
Estado Miserável: Marajó, região das Ilhas, que sonha menor ainda, sonha em ter o que comer.
A miséria no Pará é degradante. E quem pode proibir um povo de sonhar com melhores condições de vida?
Não, não podemos tirar isso deles, não temos este direito.
Não estamos dividindo, estamos apenas dando ao povo paraense o direito de sonhar, e de saber que este sonho poderá ser tornar realidade.
José Roberto Duarte disse ...
ResponderExcluirAinda não tenho posição firmada sobre a divisão do Pará, mas, pelo artigo de Adriana Carvalho, acredito que a questão se resume na figura perversa dos políticos de nosso Estado. Há 50 anos ouço que o Pará é rico; que tem uma diversidade ambiental incrível; que possui minérios em quantidade suficiente para fornecer ao mundo, de modo equilibrado; que possui uma hidrovia sem similar no planeta; que tem uma população espetacular; que sua cultura é uma das mais ricas do Brasil; que a piscicultura pode florescer de forma abundante; que a agropecuária é uma das maiores atividades do mundo e assim por diante. Porém tudo isso não se transforma em desenvolvimento, muito pelo contrário, o que se vê é muita miséria. Nossos políticos não têm comprometimento com o Pará. A cada governante que sai, seja ele municipal ou estadual, vem à tona uma sequência interminável de falcatruas e corrupção generalizada. E não acontece nada. Por muito menos, deveriam estar na cadeia há muito tempo. Vejam o absurdo do escândalo na Assembleia Legislativa do Para, que a cada dia surge todo tipo de corrupção e ladroagem.
Acredito que a divisão do Pará seja estratégia política para multiplicar por três tudo o que de maléfico ocorre hoje, pois os primeiros beneficiários dessa divisão serão os políticos e seus apadrinhados, ficando a interrogação se sobrará alguma coisa para população desses novos Estados ou então se, com isso, venha a ocorrer o pior, ou seja, mais pobreza para cada um desses Estados.