O Traslado para Ananindeua e Marituba, a primeira e mais longa das 11 romarias do Círio de Nazaré, terminou ontem às 21h10, após 12 horas e 40 minutos (14 horas e 10 minutos somando com a missa) de procissão ao longo de 55 quilômetros. O encerramento foi 50 minutos mais cedo do que ano passado. Pelo menos 1,5 milhão de fiéis foram às ruas, acompanhando ou apenas vendo a passagem da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Foi um dia em que o trânsito lento ao longo da avenida Almirante Barroso e da rodovia BR-316 foi perdoável, mas gerou irritação e lentidão nas vias transversais. A imagem foi recebida com dezenas de homenagens de casas, estabelecimentos comerciais, órgãos públicos, escolas e igrejas. Por todo o trajeto se via faixas, balões, papel picado, cartazes, hinos do Círio e o som de fogos de artifício.
O primeiro grande evento do Círio começou às 7h, com missa na Basílica Santuário, que lotou a igreja completamente. A saída foi às 8h30; 30 minutos mais cedo do que no ano passado. Os fiéis correram às portas de casa e do trabalho para orar, pedir bênçãos ou simplesmente agradecer. As passarelas ao longo do trajeto também ficaram lotadas. Nos rostos das pessoas se via alegria, esperança e algumas vezes lágrimas. Não diferente do que se via nos rostos de autoridades e até das pessoas que estavam trabalhando na procissão, como guardas de trânsito, policiais e bombeiros.
A grande novidade deste ano foi a passagem pelo Pórtico Metrópole, em frente ao shopping center Castanheira. O prefeito de Belém, Duciomar Costa, pegou a imagem nas mãos, e entregou ao prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, no meio da passarela. A imagem desceu pelo shopping e atravessou a BR-316 até ser colocada na berlinda novamente. Fiéis disputaram espaço para tocar na imagem ou apenas conseguir ficar pertinho da Santa.
O diretor de Procissões do Círio, Kléber Vieira, ressaltou que esta é a mais diferente das 11 romarias oficiais da Festa de Nazaré, pois é a mais longa e é uma em que a santa vai até as pessoas, principalmente nos bairros periféricos. Também é o primeiro grande evento do Círio. "Esta procissão é a que mais me emociona, pois passa nos bairros onde as pessoas têm muitas razões para não ter fé e têm. Começou simples, com um dos diretores levando a Santa no carro até Ananindeua e as pessoas começaram a seguir. Cada ano mais Barros foram acrescentados ao trajeto e foi ficando maior, mas não diferenças em relação ao ano passado", explicou.
Até o final da procissão, a Cruz Vermelha, que 
estava atuando com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com o Corpo de Bombeiros Militares, haviam sido feitos seis socorros: um dos socorridos era epilético e estava tendo convulsões, outro havia se queimado com fogos de artifício e os demais apenas tiveram mal-estar pelo calor ou cansaço. (Amazônia)
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