A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, por meio de
resolução publicada no Diário Oficial da União do último dia 9, a
venda, importação, distribuição, comércio e uso do produto "anel
terapêutico para ronco", que vem sendo comercializado através,
principalmente, da internet. O produto - um anel como outro qualquer,
mas que promete acabar com os problemas de ronco durante o sono - não
poderá mais vendido em todo o território nacional. Segundo a Anvisa, o
anel terapêutico não possui cadastro sanitário na agência reguladora e,
portanto, não tem o risco e a segurança de uso avaliados pelos órgãos
competentes. De acordo com resolução da Anvisa, a proibição do "anel do
ronco" teve como base uma nota técnica elaborada pela Gerência de
Tecnologia de Materiais de Uso em Saúde da Anvisa.
A
resolução da Anvisa menciona que a publicidade do produto vem sendo
divulgada no site www.pararonco.com.br, de responsabilidade da empresa
paulista Potential Comércio, Importação e Exportação Ltda. Na página da
empresa, o anel é descrito como "um tratamento milenar oriundo da China,
que obtém a energia da saúde através de um ‘fluxo harmonioso’". Segundo
a propaganda, o corpo humano possuiria, ao todo, 12 meridianos, que
seriam pontos de energia. O anel teria a função de energizar pontos
localizados no coração e no intestino delgado. O site traz, ainda,
instruções de uso: colocar o anel no dedo mínimo, meia hora antes de
dormir, e nunca utilizá-lo por mais de doze horas. Outros sites também
estariam divulgando o produto "milagroso".
Segundo
o médico otorrinolaringologista e especialista em distúrbios do sono,
Moacir da Costa, a resolução da Anvisa foi acertada, porque o produto
não possui "embasamento científico algum". O médico afirma que tomou
conhecimento do anel por meio de um de seus pacientes, que o questionou
sobre a eficácia do produto. "É um absurdo que uma empresa invente um
produto desses, que não tem embasamento algum, prometendo acabar com um
problema tão complexo e multifacetado. O ronco e a apneia do sono são
objetos de estudo no mundo inteiro", questiona o especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário