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segunda-feira, 16 de março de 2015

Dilma e PT enfrentam o maior protesto popular da história democrática

O governo de Dilma Rousseff foi alvo ontem (15) da maior manifestação espontânea já feita no Brasil contra um presidente da República. Vestidos de verde e amarelo, os brasileiros foram às ruas em todos os estados e no Distrito Federal para protestar contra a presidente e o Partido dos Trabalhadores. Ao menos 1,8 milhão de pessoas tomaram praças e percorreram avenidas, segundo estimativas das Polícias Militares nos Estados. O número, contudo, não leva em conta manifestações realizadas no interior, que podem elevar significativamente o total.
 
 
 
 
 

Ao contrário do que ocorreu na manifestação pró-governo de sexta-feira, quando o braço sindical do petismo, a CUT, e os grupos de sem-teto e sem-terra cooptados pelo governo organizaram marchas com militantes uniformizados - e pagos em grande número de casos -, nenhum partido político ou grupo organizado controlou os movimentos ou pôde reivindicar a sua paternidade. Com exceção de raros políticos em suas bases, nenhum expoente da oposição foi às ruas numa decisão calculada: de um lado, a ausência deles deixa claro que a manifestação é apartidária e espontânea; do outro, também não tinham certeza de como seriam recebidos em algumas praças.

O candidato derrotado por Dilma, o tucano Aécio Neves, divulgou um vídeo usando a camisa da seleção brasileira no qual justificou porque não saiu de casa: "Depois de refletir muito, optei por não estar nas ruas neste domingo para deixar muito claro quem é o grande protagonista dessas manifestações: o povo brasileiro, o povo cansado de tantos desmandos, cansado de tanta corrupção".

Dilma Rousseff passou o dia trancada no Palácio da Alvorada. Convocou um gabinete de crise para monitorar as passeatas e escalou os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, para se pronunciar em nome do governo.
Cardoso e Rosseto
A fala teve início por volta das 18h45. Cardozo disse que as passeatas foram "legítimas, democráticas e com respeito às autoridades". Como remédio contra a indignação, contudo, ele apresentou tão somente velhas promessas e ambições petistas: o envio de um pacote anticorrupção ao Congresso e a realização de uma reforma política que, ele explicitou, deve proibir as doações de empresas.

Se não houve sombra de autocrítica na fala de Cardozo, Miguel Rossetto, integrante de uma ala mais radical do PT, adotou um tom agressivo, para afirmar que a discussão de um processo de impeachment "não deve ser tolerada". Rossetto procurou também qualificar os manifestantes como sendo todos pertencentes ao contingente de eleitores que não votaram na presidente em 2014 - afirmativa categórica que as pesquisas mais recentes de aprovação do governo não autorizam, por mostrar que Dilma Rousseff perdeu rapidamente o cacife com que contava no início de seu segundo mandato. Rossetto também procurou defender o pacote de ajuste econômico que o governo procura implementar, e que desperta a insatisfação de setores de apoio ao petismo - ou do próprio partido.

Enquanto os ministros falavam, o Brasil continuava a expressar sua indignação, com panelaços semelhantes ao que recebeu o pronunciamento em rede nacional de Dilma Rousseff há uma semana, no Dia da Mulher.

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