Nas decisões, publicadas entre o final de fevereiro e começo de março, Moro cita os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e participação de organização criminosa como justificativas para o bloqueio. "Os valores constantes em contas poderão servir para a reparação dos danos decorrentes do crime e para recuperação dos ativos desviados da Petrobras", afirma o juiz nos despachos publicados.
O bloqueio atinge o segundo escalão das empreiteiras, como diretores, engenheiros, além de negociadores acusados de acertar pagamento de propina para contratos com a Petrobras. Entre os dezessete envolvidos, o único que está preso junto com outros executivos investigados na operação da Polícia Federal é Mateus Coutinho de Sá Oliveira, diretor Financeiro da OAS. Os demais já haviam sido levados à carceragem da PF em Curitiba para prisão temporária, em novembro do ano passado, mas foram soltos ao prazo de cinco dias.
São alvo dos novos bloqueios os lobistas Adarico Negromonte (irmão do ex-ministro Mario Negromonte) e Jayme Alves de Oliveira Filho, os doleiros Mario Lucio de Oliveira e Antonio Carlos Pieruccini e os executivos de empreiteiras João Alberto Lazzari e Fernando Augusto Stremel Andrade (OAS), Rogério Cunha de Oliveira, Ângelo Alves Mendes, Alberto Elísio Vilaça Gomes e José Humberto Cruvinel Resende (Mendes Júnior), Jean Alberto Luscher Castro e Dario de Queiroz Galvão Filho (Galvão Engenharia), João de Teive e Argollo (UTC), Newton Prado Junior e Carlos Eduardo Strauch Albero (Engevix), e Marcio Andrade Bonilho (Sanko).
No início da semana, o MP obteve a repatriação da Suíça de R$ 182 milhões enviados para aquele país pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.
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