"Eu não fui desonesto. Não pedi propina para ninguém, não pedi vantagem indevida a ninguém. Eu pedi doação eleitoral dentro da lei", afirmou ele ao juiz Sergio Moro.
Argello, preso preventivamente desde abril deste ano, foi denunciado sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro, concussão e embaraço à investigação. Ex-senador pelo PTB-DF, do qual se desfiliou há dois meses, ele era vice-presidente da CPMI da Petrobras, instalada em 2014.
"Hoje eu virei um cachorro morto no mundo da política. Até desfiliado. Agora ficou fácil dizer isso", afirmou a Moro.
Para ele, as acusações são "uma retaliação". "Todas as pessoas que hoje me acusam foram indiciadas [na CPI]", afirma. "Eu dizia: 'O que está errado, não tem perdão'; foi até essa a expressão que eu usei." O relatório da comissão foi aprovado em dezembro de 2014.
Às lágrimas, Argello disse que "sempre apoiou a Lava Jato" e pediu justiça a Moro. "Eu estou sendo julgado pelo cargo que eu exercia, porque a Lava Jato precisa de um senador."
O juiz afirmou que "não tem nada disso" e disse que ele será julgado segundo as provas do processo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário