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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Temer conquista deputados de pouca expressão com paparicos e atenção. Joaquim Passarinho, do Pará, é um deles.

Folha de SP
"Deputados da base do governo Michel Temer, eu sei que Vossas Excelências estão cheios de cargos, cheios de emendas, estão todos papudinhos", berrou no microfone do plenário o oposicionista Sílvio Costa (PT do B-PE) na votação do novo projeto de repatriação, no dia 15.

Apesar do ataque, ele conclamava os governistas a lhe seguirem e rejeitarem o projeto. "Isso é um escândalo! Isso é um escândalo!"

Como de hábito, ninguém lhe deu bola e o projeto foi aprovado tranquilamente.

Embora tenham se mantido calados na sessão, são numerosos os "papudinhos" de Michel Temer –o termo define aqueles que estão com o papo cheio de verbas, cargos e prestígio. Ilustram um cenário bastante curioso.

Só 1 de cada 10 brasileiros acha o governo federal bom ou ótimo. Já na Câmara o cenário vira de ponta-cabeça: de cada 10 parlamentares, 8 defendem o peemedebista. O que explicaria a abissal diferença?

Temer ainda não acumula o desgaste legislativo de governos mais longos e reúne praticamente todas as forças políticas que se mobilizaram na aprovação do impeachment de Dilma Rousseff.

Mas é no "paparico" que Temer tem dado de goleada, na opinião de diversos deputados que apoiaram os governos Dilma e o atual.

A Folha ouviu mais de uma dezena deles e perguntou: qual a diferença entre Dilma e Temer na relação com os deputados?

"Noooossa!", respondeu Beto Mansur (PRB-SP), "muita diferença". Deputado das antigas, ele diz que Dilma lembra a relação que Fernando Collor (90-92) tinha com o Congresso. "Eu era deputado e nunca tinha falado com o Collor. Aí, quando estava estourando o impeachment, ele me ligou. Não atendi."

"O Temer sabe que muitas vezes um posicionamento numa empresa, numa secretaria, em um ministério é muito importante, politicamente é um 'handicap', isso se espalha no meio político. Falam 'pô, o Marquezelli tá forte, conseguiu fazer a secretaria tal'", diz Nelson Marquezelli (PTB-SP). "Política é soma. Soma de prestígio, soma de votos, soma de amigos."

Joaquim Passarinho (PSD-PA) dá outro exemplo. Relata como conseguiu fazer com que o governo Temer patrocinasse em 15 dias a liberação de energia elétrica para a canadense Belo Sun, que recebeu polêmica autorização do governo do Pará para montar o que seria a maior mina de ouro do país. "Antes não tinha boa vontade, hoje tem."

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