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terça-feira, 7 de março de 2017

A tragicomédia

Por Arnaldo Jabor - Estadão
Trump não é uma pessoa. É um resultado. São séculos de uma ideologia religiosa que, do puritanismo inicial, passou para um rancoroso ódio contra a complexidade social e política. Trump é o porta-voz de uma gangue da América silenciosa que detesta a democracia e que tomou o poder numa eleição “rigged” (fraudada) – exatamente aquilo de que ele acusou a Hillary. Os republicanos estão no poder com esse escroto.

O republicano não ri nunca, como se o riso fosse uma fraqueza, um pecado. O republicano ostenta uma tristeza militante, e nunca nos premia com um olhar amigo; se ele nos olha, é para nos condenar com um espelho morto, como aquele olhar do casal puritano no célebre quadro de Grant Wood, American Gothic.

Vivem um paradoxo: querem mudar tudo para que nada mais mude nunca. Os republicanos moram na certeza, na eternidade, como os suicidas de Osama. Os republicanos acham que os democratas são cães infiéis, como pensam também os muçulmanos fanáticos. O que nos choca nisso tudo é a inatualidade do fenômeno. Os republicanos têm algo de revolta animal contra a cultura e a civilização, algo na base de “vamos deixar dessas frescuras liberais e voltar ao pau puro...”. Lembram quando eles quase faliram as contas da América para ferrar o Obama?
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