A entidade não diz a que trecho do depoimento se refere. Em um dos momentos do interrogatório, no entanto, Lula é questionado por Moro sobre um termo de adesão datado de 2004, sobre a aquisição de uma cota de um apartamento no edifício onde fica o tríplex que é objeto da ação.
"Consta que foi apreendido em seu endereço em São Bernardo do Campo", informa Moro. Lula então diz: "Não me mostraram isso, quem apreendeu não me mostrou no apartamento em São Bernardo do Campo".
Depois de pegar o papel em mãos, o ex-presidente pergunta: "Tá assinado por quem?" Ao ouvir a resposta de Moro – "Não está assinado" – devolve o papel e diz. "Então, senão está assinado, doutor..."
Moro então quer saber se Lula teria alguma explicação para o documento ter sido apreendido em seu apartamento. "Não sei, talvez quem acusa saiba como foi parar lá. Não sei como que tem um documento lá em casa se a adesão é de 2004, quando minha mulher comprou o apartamento em 2005", afirmou.
Para a federação, "é muito grave tentar desmerecer e desacreditar as provas trazidas por agentes públicos". Para a entidade, a afirmação é uma "afronta à Polícia Federal" e uma "alegação absurda".
A Fenapef diz que "não vai permitir que essa alegação coloque em dúvida o profissionalismo dos colegas federais ofendidos". "Lula fez uma denunciação caluniosa contra a PF."
A entidade finaliza a nota dizendo que, "se houver consequências para os colegas em razão da fala inconsequente de Lula, a Fenapef sairá em defesa deles na Justiça contra o ex-presidente."
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