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domingo, 17 de junho de 2018

Vale a pena ler: Pesquisa desmoralizada

Por Jose Mauricio de Barcellos, advogado - No Diário do Poder
Transita pelo território livre da Rede Mundial dos Computadores um vídeo que revela, de forma clara, quão enganosas foram ao longo das últimas décadas – e continuam a ser – as campanhas midiáticas promovidas pelos poderosos com o concurso dos vendidos institutos de pesquisa de opinião pública, destinadas a manter o povo refém do perverso sistema que prevaleceu até agora.

Refiro-me a um vídeo produzido por um cidadão comum que, depois de entrevistado na rua por um agente de campo, empregado de um desses conhecidos institutos, pretendeu exibir nas redes sociais o conteúdo do questionário que acabava de responder, sobretudo para que suas respostas se tornassem públicas, dando total transparência ao fato.

O esforço foi em vão. O perplexo e aturdido entrevistador – ante a firme insistência do corajoso cidadão que o confrontava e, com desforço pessoal, o impedia de fugir do local e da câmara com a qual surpreendeu o pau mandado – temendo as consequências, agarrou-se desesperado aos seus papéis com os quais também escondia o rosto e tentava fugir da cena, como um punguista pego em flagrante. O desespero do pobre entrevistador me fez lembrar o do “Deputado de Temer” correndo, como um tonto, com a mala de propina recebida para o chefe, quando percebeu que poderia estar sendo filmado pela polícia.

Penso que acontece algo de muito grave e de muito ruim por conta dessas pesquisas encomendadas, a peso de ouro, pelos donos do poder. Penso que já é público e notório – e por isso independe de prova – a existência de fatos e circunstâncias que justificam serem tais pesquisas vasculhadas, de cima a baixo, pela polícia e, com olhos de ver, pelo Ministério Público. Por que não? Nem se diga que tais pesquisas por terem registro compulsório no Judiciário que autoriza sua publicação estariam imunes a qualquer crítica. Se o que garante esta pratica é o princípio da liberdade de imprensa, em nome deste mesmo princípio constitucional, sua base de dados, seus métodos, seus critérios e todas as conclusões que daquelas possam advir devem ser auditadas ou, o que é melhor, devem ser franqueadas ao público irrestritamente.

Relativamente à pesquisa de intenções de voto para o pleito de 2018 recém-publicada, por exemplo, acho que não há um só brasileiro, do tipo que enxerga um palmo adiante do nariz, que em virtude da fama de tendenciosidade do tal instituto fundado por gente do PT Ladrão, já não soubesse o que seus resultados iriam exibir. Tudo ali e todas as conclusões, conjecturas e insinuações, veladas ou expressas, tiveram, sem dúvida, um único objetivo: propagar que esta Nação roubada e desmoralizada pelo “Ogro de Garanhuns” estaria a exigir que o maior ladrão da coisa pública da história contemporânea deveria ser solto e eleito presidente da república. Como pode um engodo desta ordem restar impune sem que os órgãos de defesa dos interesses difusos da sociedade e de controle do País averiguem a lisura e a correção dos artífices desta “marotagem”?

Percebam como tudo vem acontecendo. Uma entidade ou algum patife cheio de dinheiro encomenda e paga pela farsa. É evidente que a tal pesquisa não vai contrariar os interesses vis de quem paga por ela. Aliados a todos estão os conglomerados da comunicação que, ao receberem os resultados, passam a utilizar e a manipular os mesmos ao sabor de suas conveniências. É isso que ocorre e mais nada. Nossa sociedade tem efetivamente colhido nos últimos 30 anos as consequências de toda essa atividade espúria. O mal não é pouco.

Esta recente pesquisa tendenciosa, tal como outras anteriores, insiste doentiamente em falar da possibilidade de o petista condenado como corrupto, como ladrão e puxando 12 anos de cadeia, vir a se inscrever no Tribunal Eleitoral e a de ser votado para presidente da república. Martelam sem cessar seus tais 20 ou 25% de votos que não se sabe de onde tiram. Contudo, nunca falam ou escondem que o bandidaço é rejeitado por quase 70% da população que vota.

O curioso é que as pesquisas, relativamente a muitos outros presos e condenados, nada consideram quanto à probabilidade de serem soltos para concorrerem ao pleito de 2018. De seus formulários ou enquetes não constam os nomes de Sérgio Cabral, de Henrique Alves, de Geddel, de Gim Agello, de Palloci, de Zé Dirceu, de Cunha, de

Renato Duque, de Delúbio, de Vaccari, de tantos outros e, também, do Fernandinho Beira Mar que, a meu sentir se fosse solto logo seria admitido como candidato a qualquer coisa, por alguma sociedade de bandidos travestida de partido político e, certamente, um instituto calhorda o colocaria na pesquisa com mais votos que muito homem de bem. Quem sabe acabaria ministro de Lula se toda essa maluquice não fosse apenas um devaneio?

Tirante uma minoria de fundamentalistas e esquerdopatas que, em relação aos 200 milhões de brasileiros é insignificante, o Brasil não vota em líder algum, nem de direita nem de esquerda ou de centro. O certo é que o povo efetivamente não tem o mínimo necessário para viver com dignidade e seu anseio está ligado, antes de qualquer coisa, a quem quer que o satisfaça ou que lhe traga alguma esperança. Por isso, também, é tão fácil de ser ludibriado.De Sarney a Dilma nenhum deles tem como seu – exclusivamente por mérito ou liderança sua – os milhões de votos que receberam em determinado pleito eleitoral. Cadê os mais de 40 milhões de votos de Aécio, de Dilma, de Lula? Alguém imagina de sã consciência que, depois de tudo a quanto esta sociedade assistiu em virtude da “Operação Lava Jato”, os execráveis políticos repetiriam a façanha alcançada em pleitos eleitorais anteriores? Conquanto tivesse tido em meados do século passado momentos de liderança, a Nação Brasileira nunca teve um líder político ou um estadista porque, desafortunadamente, ninguém trouxe até aqui uma ideia que patrioticamente a arrebatasse. O grande Chanceler e Ministro da Fazenda de Getúlio Vargas, o advogado Osvaldo Aranha, um dia falou: “O Brasil é um deserto de homens e de ideias”.

Ponderem. É preciso por fim a toda essa idiotice em torno da propagada ”transferência de votos pelos políticos”. Realmente, os votos de Lula que os institutos dizem representar uma parte do eleitorado não são e nunca foram dele próprio. Não são mais do que os votos das pessoas antes desempregadas ou que para nada deram na vida e assim, desta maneira, foram colocadas abusivamente na máquina governamental da União, dos Estados e dos Municípios, ao longo de vinte anos; são os votos dos que vivem às custas das verbas arrecadadas pelo PT, pelos sindicatos rufiões das massas trabalhadoras, pelos movimentos sociais, pelas ONG’S e demais agremiações partidárias que juntos integram o universo da quadrilha que nos explora há décadas; são os votos dos poderosos e daqueles que estes influenciam e alcançam, ou sejam, são os votos dos aliados aos chupins dos cofres públicos; são os votos da nossa gente sofrida que ao “Larápio-Mor” um dia mendigaram um pouco de chance para viver e acabaram pior do que estavam. Relativamente aos 200 milhões de cidadãos, não são tantos votos assim e, com certeza, não elegem presidente de lugar algum, nem mesmo do “lá vai bola futebol clube”.

Todos aqueles votos estão presos e umbilicalmente ligados a um estado de necessidade que fará os eleitores migrarem para qualquer outra pessoa que lhes satisfaça os sórdidos interesses ou, na hipótese do povão, que lhe salve da miséria moral e financeira em que vivem. Toda essa população está sempre pronta para se lançar nos braços de quem o livre da indigência. Bolas, portanto, para as pérfidas conclusões e projeções que os odiosos institutos de pesquisa publicam. São meras ajeitações contra a realidade dos fatos. Não valem coisa alguma, mancham a iniciativa, mancham a sociedade.

Por isso digo que aqui surge para o homem de bem uma oportunidade de desmascarar essa corja que nos tenta iludir há muito tempo. Ouso sugerir ao leitor amigo que, se lograr resgatar o qual me referi no início, o divulgue a cem por hora por esses muitos “Brasis”, alardeando toda nossa indignação contra aquela gente do mal.

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