A população carcerária brasileira cresceu 89%, entre os anos de 2000 e 2008, segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em sua página na internet. De acordo com o documento, o total de presos provisórios ou de Justiça, confinados em estabelecimentos prisionais ou em delegacias policiais saltou de 232.755 para 440.013, nesse período.
O CNJ diz que os números refletem o movimento mundial conhecido como 'o grande encarceramento', mas que esse incremento expõe o Brasil, cada vez mais, às críticas da comunidade internacional, devido as mazelas que ocasiona. Para complicar ainda mais a situação, em pelo menos sete estados - entre eles o Pará - o número de presos provisórios supera o de condenados.
Segundo o CNJ, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Ceará e Pará (em oitavo lugar, com 4.288), Santa Catarina e Bahia são os estados com maior número de presos provisórios. A quantidade de detentos nessa situação só chega a superar os condenados nos estados de Pernambuco, Mato Grosso, Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí. Os maiores déficits de vagas prisionais estão no Piauí (60%), Pará e Amazonas (ambos na faixa de 40%), Bahia, Rio de Janeiro e Tocantins (30%), Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Maranhão (pouco mais de 20%).
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