Aliado do governador José Serra (PSDB-SP), o presidente do PMDB-SP, Orestes Quércia, desafiou o acordo firmado entre seu partido e o PT para as eleições de 2010. Ele disse nesta quarta-feira que o pacto não será chancelado pela convenção do PMDB no ano que vem.
"Não foi o PMDB, foi um grupo dentro do PMDB que tomou a decisão do acordo", disse Quércia à Reuters, indicando o presidente da legenda, deputado Michel Temer (SP); o presidente do Senado, José Sarney (AP); e o senador Renan Calheiros (AL).
O ex-governador paulista acusou as lideranças de seu partido de anunciarem o fechamento da união como forma de pressionar os diretórios estaduais.
"Fugiram do diálogo. Eles não vão conseguir passar na convenção porque não terão maioria", afirmou. As convenções dos partidos, que definem as candidaturas e as coligações, serão realizadas em junho do próximo ano para as eleições de outubro.
Na opinião do senador Pedro Simon (PMDB-RS), as bases do PMDB em todo o país desejam uma candidatura própria em 2010. Simon criticou nesta quarta-feira o acordo entre o PMDB e PT para as eleições em 2010.
"As bases não foram consultadas e nos encontros estaduais realizados este ano, a expressiva maioria do partido optou pela candidatura própria em 2010" - declarou Simon, por meio de nota.
O peemedebista disse também que, apesar de ser maior partido do país, o PMDB tem servido de linha auxiliar dos governos.
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