Com boa parte das estações rompidas antes mesmo de chegar ao Largo do Redondo, na avenida Nazaré, o cortejo fluiu no final da manhã mais rapidamente em direção à Basílica. Entretanto, a disputa por um pedaço da corda causou tumultos e deixou pessoas feridas pelo caminho da berlinda de Nossa Senhora de Nazaré.
Sebastião Ferreira foi um dos romeiros que saiu com o braço machucado ao disputar um pedaço da corda.'O rapaz que foi cortar a corda acabou me ferindo com a ponta da faca. Foi um sufoco, mas pelo menos eu consegui um pedaço para mim', disse Sebastião, que vinha acompanhando a procissão desde o início da avenida Presidente Vargas.
O desatrelamento das estações não impediu, porém, que romeiros continuassem fiéis ao objetivo de levar para casa pedaços da corda. Tanto que, no perímetro da avenida Nazaré com a travessa Quintino Bocaíuva, não foram poucos os grupos que seguiram na procissão disputando palmo a palmo cordas com menos de 3 metros de comprimento. 'O que vale é o esforço', disse um dos romeiros, de prenome André.
Vencida pelo cansaço e pelo empurra-empurra, Ana Paz protestou pela interrupção da tradição. 'Eu passei a noite em vigília, estou mais de 24 horas acordada, só para poder cumprir minha promessa e cortaram a corda antes da hora. È um absurdo isso, acho que deveriam revistar as pessoas antes de deixar sair da procissão. Deveriam ter mais respeito por quem madrugou desde cedo para estar aqui', afirmou. (Fonte: Amazônia)
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