Centenas de trabalhadores rurais continuam ocupando a sede do Incra, em Belém, mesmo depois de expedido o mandado de reintegração de posse em favor do instituto, durante a tarde de ontem. Os manifestantes, ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), dizem que só deixarão o prédio quando o governo disponibilizar local para as famílias se assentarem, de preferência, a mesma terra de onde foram retiradas semana passada, por ordem judicial.
Desde a chegada dos primeiros grupos de pessoas, na última segunda-feira, os servidores do Incra passaram a ser impedidos de entrar no órgão para trabalhar. Durante toda a semana, o número de ocupantes aumentou de forma que, até ontem, havia por volta de 1,2 mil pessoas na superintendência, na Estrada da Ceasa, de acordo com o diretor da Fetraf, Nonato Souza. O esforço tem sido para agendar uma reunião com a diretoria do Incra, o que pode ocorrer feito amanhã, embora nada tenha sido confirmada. 'Quando marcarem o encontro, a gente deixa os funcionários entrarem. Quando derem a solução para o problema, nós sairemos daqui', afirma Nonato.
Na tarde de ontem, a Polícia Federal foi ao local entregar o mandado de reintegração de posse aos manifestantes. Contudo, nem foi tentada a desocupação da sede do órgão, uma vez que o efetivo policial era insuficiente para fazer frente às centenas de trabalhadores rurais.
Os ocupantes são originários de municípios como Moju, Barcarena, Igarapé-Miri e Tailândia, onde há 15 fazendas que foram desocupadas por ordem judicial na semana passada. Segundo o diretor da Fetraf, muitas famílias estavam assentadas há dez anos na área de onde foram retiradas, por meio de um mandado de reintegração de posse.(Fonte: Amazônia)
Desde a chegada dos primeiros grupos de pessoas, na última segunda-feira, os servidores do Incra passaram a ser impedidos de entrar no órgão para trabalhar. Durante toda a semana, o número de ocupantes aumentou de forma que, até ontem, havia por volta de 1,2 mil pessoas na superintendência, na Estrada da Ceasa, de acordo com o diretor da Fetraf, Nonato Souza. O esforço tem sido para agendar uma reunião com a diretoria do Incra, o que pode ocorrer feito amanhã, embora nada tenha sido confirmada. 'Quando marcarem o encontro, a gente deixa os funcionários entrarem. Quando derem a solução para o problema, nós sairemos daqui', afirma Nonato.
Na tarde de ontem, a Polícia Federal foi ao local entregar o mandado de reintegração de posse aos manifestantes. Contudo, nem foi tentada a desocupação da sede do órgão, uma vez que o efetivo policial era insuficiente para fazer frente às centenas de trabalhadores rurais.
Os ocupantes são originários de municípios como Moju, Barcarena, Igarapé-Miri e Tailândia, onde há 15 fazendas que foram desocupadas por ordem judicial na semana passada. Segundo o diretor da Fetraf, muitas famílias estavam assentadas há dez anos na área de onde foram retiradas, por meio de um mandado de reintegração de posse.(Fonte: Amazônia)
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO INCRA / PARÁ
ResponderExcluirNOTA SOBRE A OCUPAÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA DO INCRA POR FAMÍLIAS LIGADAS À FETRAF
A Associação dos Servidores do Incra (Assincra Belém) vem a público manifestar seu repúdio contra a forma abrupta, desrespeitosa e jocosa com a qual a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) vem conduzindo a ocupação da sede da autarquia em Belém.
Segundo noticiado na imprensa, o movimento protesta contra a ordem judicial de reintegração de posses de imóveis em diversos municípios paraenses e exige o remanejamento das famílias despejadas para outras áreas.
Sem entrar no mérito das reivindicações, consideramos que a ocupação - iniciada na última segunda-feira (16/10) - é equivocada por não ter o Incra responsabilidade direta quanto às áreas reivindicadas pelo movimento, bem como qualquer tipo de ingerência no processo de decisão e cumprimento de ordens judiciais.
O fechamento dos portões da autarquia impede os cerca de 300 servidores de trabalhar e penaliza diretamente dezenas de milhares de famílias de agricultores assentados que necessitam dos serviços prestados pelo órgão.
Vale ressaltar que sempre foi praxe do Incra de Belém dialogar com todos os movimentos sociais e realizar reuniões com os mesmos a fim de discutir conjuntamente as reivindicações dos trabalhadores rurais.
Finalmente, pelas razões acima e pelo constrangimento que a ocupação vem causando aos servidores, inclusive impedindo o funcionamento da Fassincra, que gerencia o plano de saúde dos servidores, a Assincra espera que a decisão judicial, ordenando a desocupação, seja imediatamente cumprida.
Espera também que as famílias tenham suas reivindicações atendidas pelos órgãos públicos envolvidos.
Belém, 20 de novembro de 2009
A DIREÇÃO DA ASSINCRA