Trinta anos depois de sua morte, o diplomata cassado Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes vai virar embaixador. A Câmara aprovou nesta terça-feira a promoção do ex-servidor a ministro de primeira classe do Itamaraty, cargo mais alto da carreira diplomática. O ato reabilita a trajetória profissional do poeta Vinicius de Moraes, que foi perseguido pela ditadura militar e expulso do Ministério das Relações Exteriores em abril de 1969, com base no Ato Institucional n 5 (AI-5).
Redigido por amigos de Vinicius no Itamaraty, o texto da promoção passou três anos numa gaveta do Ministério do Planejamento. Foi finalmente enviado ao Congresso no fim de 2009, depois que uma reportagem do jornal GLOBO revelou bastidores da demissão sumária do poeta . Documentos inéditos do Serviços Nacional de Informações (SNI) comprovaram que ele foi vigiado de perto por diversos órgãos de espionagem, incluindo a polícia da antiga Guanabara e o temido Centro de Informações da Marinha (Cenimar).
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