De Anônimo:
"Sou advogado e milito em uma cidade do interior do Pará que conta com um juiz apenas. Mesmo assim, os mais de vinte advogados que dependem dele, de suas decisões, reconhecem que esse magistrado não mede esforços, leva processos para despachar em sua casa, inclusive nos fins de semana e, agindo assim, faz com que os processos sejam concluídos e nós, profissionais, possamos ganhar os nossos honorários para manter a nossa família. Então, repudio essa atitude de confronto com o Judiciário, partida do Ophir e do Jarbas Vasconcelos, ambos reconhecidamente ricos, sempre vivendo na capital, agora deslumbrados com os cargos que ocupam. Essa briga, essa tentativa de desmoralizar magistrados de forma generalizada, sem separar o joio do trigo, só vai sobrar pra nós que trabalhamos em Comarcas interioranas. Certamente, o Ophir e o Jarbas, antes de serem endinheirados à custa de grandes clientes, jamais reclamaram ou exigiram de magistrados, seja da capital ou do interior, assiduidade e maior produtividade. Pelo contrário, sempre os bajularam para que os seus interesses fossem atendidos com maior agilidade. Eu pago a minha anuidade à OAB-Pará por uma questão de obrigação para que eu possa exercer a minha profissão, mas nunca votei para eleger presidentes da nossa entidade, pois depois de assumirem, esquecem a prometida gestão compartilhada, ou seja, antes de adotarem medidas absurdas – como essa contra os juízes – não consultam os advogados, não atendem sugestões, enfim, fazem valer apenas a cobiça de fama na mídia. Repito: sou contra a OAB e solidário aos magistrados".
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