O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que os tribunais de contas e o Ministério Público querem sempre "botar o dedinho" para atrapalhar a execução de obras no país. O presidente defendeu um novo marco regulatório para facilitar a realização de projetos e driblar atrasos provocados por questionamentos destes órgãos.
"Às vezes o prefeito quer dinheiro. Você pergunta: tem projeto? Não. Passa um ano, você encontra o prefeito. Fez projeto? Não. Porque? Por que não tinha ninguém para fazer o projeto para o prefeito", disse Lula.
"Além das coisas que, quando tem o projeto, aí tem gente que pede preço demais, aí tem as empresas que uma processa a outra, aí tem o Tribunal de Contas, aí tem o Ministério Público, enfim, sempre todo mundo quer meter o dedinho para atrapalhar", completou o presidente, em discurso na abertura da 40ª assembleia da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento), em Uberaba (472 km de Belo Horizonte).
"O Brasil é assim. É assim e nós precisamos mudar. É preciso que a gente discuta novas formas de facilitar com que as coisas aconteçam. Porque é muito difícil", declarou.
Lula também aproveitou para ironizar os servidores federais em greve que fazem protestos em Brasília. O presidente lembrou sua época de sindicalista, disse que precisava reunir 40 mil pessoas em passeata para ser ouvido pelo Ministério do Trabalho e que os sindicalistas de hoje "não têm que fazer sacrifício."
"Hoje eles não conseguem mais juntar gente, eles contratam um cara com uma corneta, parece que tá na África. Tem um colocador de faixa, na frente da minha casa tá cheio de faixa. Aí vai o outro com a corneta fazer fon, fon, fon. Agora contrataram o do rojão", disse. (Na Folha Online)
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