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sábado, 7 de agosto de 2010

MPE recorre ao TSE para barrar candidaturas de fichas sujas no Pará

O Ministério Público Eleitoral (MPE) deu entrada ontem, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um registro eleitoral ordinário para tentar indeferir as candidaturas ao Senado de Jader Barbalho (PMDB) e de Paulo Rocha (PT), e das candidaturas a deputado estadual de Bosco Moisés (PR), de Bernadete Ten Caten (PT) e de Luiz Afonso Sefer (PP).

A tentativa se baseia nas premissas da Lei da Ficha Limpa e cabe agora ao TSE analisar se anula ou não o julgamento feito esta semana pela corte do TRE-PA, onde também foi protocolado o registro. O TSE tem até o dia 15 de agosto para dar a resposta final. Durante os julgamentos dos candidatos, o juiz federal Daniel Sobral e o procurador regional Daniel Azeredo se mostraram contra o deferimento das candidaturas.

100 poderão ser enquadrados na nova Lei

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, estimou ontem em cerca de cem o número dos candidatos que poderão ser barrados pela Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano. A previsão foi feita pelo ministro em entrevista à Agência Brasil: "Esse número deve chegar a mais ou menos cem candidatos. Um número, felizmente, relativamente pequeno de candidatos sem bons antecedentes. A lei vai promover o saneamento nas candidaturas."

Ele disse que muitos partidos filtraram as candidaturas, evitando indicar candidatos que enfrentaram problemas com a nova lei. As decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais de negar ou conceder registros a candidatos pegos pela Ficha Limpa deverão ser questionadas no TSE. Alguns dos casos podem parar no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lewandowski disse ainda que o tribunal vai avaliar, caso a caso, os motivos que levaram à impugnação das candidaturas, como no caso dos que renunciaram aos mandatos. A nova lei torna inelegível, por oito anos, os que renunciaram aos mandatos para tentar escapar de cassação. Um dos que tiveram o registro cassado por esse motivo foi o candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC), que já avisou que recorrerá à instância superior. O TSE terá até o dia 19 de agosto para julgar os recursos contra pedidos de registros indeferidos. (No Amazônia)

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