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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rei traído pela 12ª esposa

No pequeno Reino da Suazilândia, os pouco mais de 1,2 milhão de habitantes devem garantir que não desonrarão a monarquia, uma das poucas remanescentes do continente africano.

A regra vale também para as 13 mulheres do rei Mswati III, que, como contou ontem o jornal britânico "Daily Mail" em seu site, parece não ter a mesma tolerância à poligamia quando praticada também por uma de suas companheiras.

Mãe de dois filhos e 12ª esposa do rei, Nothando Dube, de 22 anos, foi descoberta recentemente tendo um caso com Ndumiso Mamba, ministro da Justiça e amigo pessoal de Mswati III.

A resposta do rei à atitude dos dois não demorou. Descobertos juntos em um hotel perto da capital Mbabane, os dois estão presos e podem ter destinos diferentes, mas igualmente obscuros.

Casado, Mamba foi acusado de "transgredir a casa de outro homem" e pode ser condenado à morte, enquanto Nothando Dube, em prisão domiciliar, enfrenta a possibilidade de ser banida da Suazilândia.

Por ordem do rei e apesar do grande interesse despertado entre o povo da Suazilândia, a história foi abafada pela imprensa local. No entanto, jornalistas da vizinha África do Sul não deixaram de noticiar o polêmico caso.

De educação britânica, Mswati III, também chamado de "o leão", reina na Suazilândia de forma absoluta desde 1986 e é responsável por escolher o gabinete e o primeiro-ministro.

O país, que não tem saída para o mar e faz fronteira com África do Sul e Moçambique, tem mais de 70% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Na Suazilândia as festas reais são conhecidas pela extravagância. Todo 19 de abril, data do aniversário do rei, costuma ter um grande evento em um estádio da capital onde presentes são dados a ele e distribuídos ao povo. (Em O Globo)

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