O poeta e compositor Vinicius de Moraes foi promovido a embaixador nesta segunda-feira (16), em uma homenagem póstuma realizada pelo Itamaraty. A reintegração de Vinícius à diplomacia coincide com o aniversário de 30 anos de sua morte.
Em 1969, durante a ditadura militar, ele foi aposentado compulsoriamente da carreira diplomática quando era 1º secretário. A “expulsão” do Itamaraty foi conseqüência do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que exigia o desligamento de “bêbados, homossexuais e vagabundos”. Nesta noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a aposentadoria prematura de Vinicius de “aberração”.
“O que estamos fazendo aqui é quase que um processo de reparação. O Vinicius era um ser superior que, mesmo cassado, continuou crescendo”, disse. Durante a homenagem, Lula voltou a dizer que é preciso valorizar os “heróis” ao invés de “se preocupar” com quem praticou torturas e assassinatos durante a ditadura. (No G1)
Ércio, contrariando a unanimidade, acho que a "promoção" pós morte do Vinicius a embaixador só revela mais uma vez a "filosofia" que preside o atual governo, absolutamente contrária à meritocracia. Venhamos e convenhamos: como poeta e compositor, Vinícius era uma excelente figura. Mas, como servidor público, era uma lástima! Passava mais tempo nos botecos enchendo a cara e compondo sambas do que cumprindo suas obrigações na repartição. Um péssimo exemplo para os barnabés. A mesma coisa é a promoção graciosa pós morte de um capitão a general ou de um contínuo ao mais alto cargo de chefia. Quem garante que - se não tivessem sido "perseguidos" pelos militares - eles teriam mesmo, por méritos próprios, galgados os últimos postos da carreira? Um dia, ah um dia, alguém ainda fará essa gente pagar por esses presentes de Papai Noel às custas dos cofres públicos.
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