Seguidores do espiritismo querem aproveitar o boom na mídia para esclarecer sobre a doutrina que teve no médium mineiro Chico Xavier seu representante mais ilustre. "É bom para nós porque temos uma oportunidade única de colocar para a sociedade o que é a doutrina, e para o público que aprende a vivenciar sua religiosidade", explicou o médium José Raul Teixeira, do Rio de Janeiro, que veio a Belém para o lançamento da programação do encontro espírita paraense, previsto para fevereiro do ano que vem. A religião, aliás, é tema de filme, novela e minissérie.
Teixeira discursou para cerca de 2.500 pessoas, segundo estimativa dos organizadores do evento, ontem de manhã, no ginásio do Serviço Social do Comércio (Sesc), na avenida Doca de Souza Franco, em Belém. Para ele, o filme lançado este ano, sobre a vida de Chico Xavier, e, mais recentemente, o longa-metragem "Nosso Lar", baseado em uma das primeiras obras psicografadas pelo médium mineiro, estão contribuindo para popularizar a doutrina. "Em relação à grande mídia estivemos por muito tempo no ostracismo. Essa exploração já era esperada", acredita.
Segundo o médium, que é formado em física e tem doutorado em educação e mantém um trabalho evangélico e social em Niterói (RJ), onde mora, a doutrina espírita não tem por finalidade afastar as pessoas de suas religiões atuais. Pelo contrário. "Ninguém precisa abandonar sua religião e vir para o espiritismo. Esse nunca foi nosso propósito. O espiritismo te ajuda a viver melhor na sua religião. Essa conciliação é inevitável". Teixeira defende que vários princípios do espiritismo estão presentes na Bíblia e foram apenas reinterpretados. "Jesus disse que haviam várias moradas e pregou a pluralidade da existência. O que o espiritismo fez foi dar uma nova roupagem e também trouxe algo novo, muita coisa que ainda não se sabia". (No Amazônia)
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