Por: Ercio Bemerguy
Afirmam alguns especialistas em legislação eleitoral, que, a rigor, um veículo de comunicação (rádio, televisão, jornal, blog, etc) não está impedido de fazer uma opção político-partidária, mas, não pode se constituir em propagandista explícito de determinados candidatos em detrimento dos demais.
Afirmam alguns especialistas em legislação eleitoral, que, a rigor, um veículo de comunicação (rádio, televisão, jornal, blog, etc) não está impedido de fazer uma opção político-partidária, mas, não pode se constituir em propagandista explícito de determinados candidatos em detrimento dos demais.
Ao escrever, ao falar, ao mostrar alguma coisa com o propósito de prejudicar os adversários de seus candidatos prediletos e que geralmente pagam para serem assim considerados, devem, os veículos de comunicação, observar e obedecer integralmente o que a lei eleitoral proíbe.
Às vezes, quando são punidos, só recebem de leitores, de ouvintes, de espectadores, de amigos e de fãs, muitas mensagens de solidariedade e veementes pedidos de "não pare, prossiga, conte conosco!". Ninguém se importa e nem quer saber se o editor de um blog, por exemplo, dispõe de recursos financeiros suficientes para pagar multas impostas pela Justiça Eleitoral ou para contratar bons advogados para tentar livrá-lo de consideradas "injustiças".
Isso me faz lembrar de um político santareno que, certa vez, durante uma confusão ocorrida num comício por ele promovido, foi agredido por um adversário seu, o que resultou num corte profundo na cabeça e fratura em um dos braços. Foi imediatamente internado em um hospital particular e, na manhã do dia seguinte recebeu, de Belém, telefonema do secretário de um "cacique" de seu partido, dizendo: "Companheiro, o nosso chefe te manda um forte abraço e expressa solidariedade à tua pessoa". - Ele respondeu: "Obrigado, mas diz ao nosso chefe que mande imediatamente sua solidariedade pelo Bradesco ou pelo Basa. É o que eu estou precisando para poder pagar o hospital e os médicos que estão tratando de mim".
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