O ex-piloto de motovelocidade Luís Corsini afirmou na quinta-feira, em depoimento à Polícia Federal, que pagou R$ 40 mil a Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, para obter um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobras em 2008.
Numa das acusações mais contudentes contra a ex-ministra, Corsini disse ainda que, se não fosse a ajuda de Israel, não teria recebido a ajuda.
Em 2007, o mesmo pedido de patrocínio foi rejeitado pela Eletrobras. Israel e Erenice Guerra estão sendo investigados por tráfico de influência na Casa Civil.
A ex-ministra foi exonerada do cargo no início do escândalo. No final de setembro, ela deixou o conselho de administração da estatal.
- Foi tudo falado sobre esse governo corrupto. Eu paguei os R$ 40 mil para ele (Israel Guerra). Eu só consegui o patrocínio porque aquele f.d.p. entrou no circuito - disse Corsini ao GLOBO depois do depoimento ao delegado Ruberval Vicalvi.
O ex-piloto disse que pagou a "taxa de sucesso" de Israel em três parcelas. A primeira, de R$ 9 mil, teria sido paga com um cheque assinado pelo presidente da Federação Brasiliense de Motociclismo do Distrito Federal.
O dinheiro era parte do patrocínio que recebeu da Eletrobrás por intermédio da federação. Corsini diz que fez o pagamento em agosto de 2008 e, logo em seguida, desembolsou mais R$ 11 mil em espécie.
O ex-piloto sustenta ainda que dois meses depois pagou, quando saiu a segunda parte do patrocínio, pagou mais R$ 20 mil à Israel.
- Repassei o dinheiro ao vivo e a cores ao Israel na minha casa. Ele foi lá num Golf preto e estava com um medo danado da mãe aparecer na imprensa - sustenta Corsini. (Em O Globo)
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