A agenda verde, que ganhou espaço nesta segunda fase da disputa eleitoral com os dois candidatos à Presidência tentando conquistar os votos dos eleitores de Marina Silva (PV), cresce em importância também no governo.
Um documento que contou com a participação de 14 ministérios traça um plano para controlar a expansão da fronteira agropecuária na Amazônia, principal causa do desmatamento.
Depois do segundo turno, deve ser editado um decreto definindo o macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal, que foi dividida em dez áreas estratégicas com um plano para cada uma. As atividades que essas áreas poderão explorar - agropecuária, mineração, turismo, entre outras - estão definidas no documento.
Por outro lado, o Ministério do Meio Ambiente, coordenador do plano, teve que ceder em alguns pontos, e agora recomenda o asfaltamento da BR-319, estrada que corta a porção mais preservada da floresta e liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). A rodovia é alvo de polêmicas no governo.
- Sou radicalmente contra a BR-319, porque tem uma hidrovia ali. Por outro lado, é fácil falar daqui. Vai viver lá. Quando você vai lá e vê a demanda do povo, aí você acha bastante razoável ter um carro que te permita uma mobilidade até Manaus - admitiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esclarecendo que a obra só será feita depois de cumpridas as condicionantes ambientais impostas pelo Ibama durante o processo de licenciamento. (Em O Globo)
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