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sábado, 9 de outubro de 2010

País melhorou e jornais negam, diz Franklin

A imprensa brasileira faz muitas bobagens. Muitas vezes age como um partido político, mas esse é um preço baixo que se paga pela liberdade de expressão.

Essa é a opinião do ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicações), que endossa as críticas feitas pelo presidente Lula pouco antes do primeiro turno.

"Minha convicção, que é também a do presidente Lula, é que a imprensa tem de ser livre para dizer o que quiser. Mas é preciso haver também liberdade para dizer o que se quer sobre ela. Os governos precisam de críticas fundamentadas, e a imprensa também", afirmou.

Franklin falou à Folha no trem que o levava ontem de Londres para Bruxelas, onde se encontrou com Neeli Kroes, responsável na Comissão Europeia pelas questões digitais no continente.

O ministro está na Europa para convidar especialistas a participar de seminário no próximo mês que irá discutir um marco regulatório para meios eletrônicos no Brasil. Ele falou que parte da imprensa está tomando um caminho errado, o que poderá distanciá-la do leitor.

´Boicote` à mídia para defender liberdade de expressão

A professora titular de Filosofia da USP, Marilena Chaui, criticou ontem veículos de imprensa em um ato em apoio à candidata do PT Dilma Rousseff na Faculdade de Direito da USP.

De acordo com reportagem do site "Rede Brasil Atual", Chaui afirmou no ato de ontem que lideranças de esquerda e do PT devem deixar de atender jornalistas da grande imprensa e realizar uma espécie de "boicote" a pedidos de entrevista.

"Para defender a liberdade de expressão, é preciso não falar com a mídia", afirmou Chaui.

A professora disse no evento que a mídia abre espaços para figuras do PT e de movimentos sociais apenas para "parecer plural", porém realiza um "controle de opinião" sobre o que é publicado, segundo relato do site.

Na manifestação, Chaui afirmou ainda, sempre segundo o site, que "para que ela exista [a democracia], seria preciso que, em igualdade de condições, duas ou três ou quatro opiniões antagônicas pudessem se exprimir. O que temos é o controle da opinião e a impossibilidade da contestação". (Na Folha de S.Paulo)

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