Os trabalhadores técnicos em hospitais, clínicas e demais casas de saúde do Pará decidiram, em assembleia geral no Clube Monte Líbano, ontem à noite, iniciar greve na próxima terça-feira, 16. Eles reivindicam reajuste salarial, uma folga semanal e melhores condições de trabalho. O sindicato da categoria informou que a paralisação respeita o prazo de 72 horas para que hospitais se organizem para a ausência dos funcionários.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Hospitais e Casas de Saúde do Pará, José Francisco Pereira, a ideia é paralisar de quatro a cinco hospitais por dia e esperar a manifestação de órgãos públicos ou dos estabelecimentos de saúde privados. "Vamos avisar o Ministério Público Estadual, a Justiça do Trabalho e os hospitais para se prepararem para os 30% registrados em lei. Mas até agora só recebemos silêncio do sindicato patronal e dos hospitais", disse.
A categoria reivindica reajuste salarial de 15%. Técnicos de enfermagem, por exemplo, segundo o presidente do sindicato, ganham R$ 780 por mês. "Trabalhamos 36 horas por dia e precisamos da folga de 24 horas por semana. Algumas casas de hospitais já tiraram isso da gente. Mas eles têm que entender que trabalhamos com pessoas doentes, que necessitam de um profissional saudável ao lado delas", afirmou Pereira.
Segundo ele, não houve proposta dos patrões. "Eles se silenciaram completamente; acham que não vai acontecer nada e que os trabalhadores não vão reclamar. Estão até mesmo ameaçando demitir os trabalhadores que entrarem na greve", disse.
No Pará, são 35 mil trabalhadores técnicos em hospitais, clínicas e demais casas de saúde particulares. Osindicato da categoria não divulgou o número de grevistas no Estado. O sindicato patronal não foi encontrado para falar sobre a decisão. (No Amazonia)
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