Servidores da Justiça Federal dos Estados do Pará e Amapá vão aderir à greve nacional, a partir de hoje, para pressionar o governo à aprovação do Plano de Cargos e Salários (PCS) de auxiliares, analistas e técnicos judiciais. A paralisação deverá atingir o sistema judiciário federal de Belém, Santarém e Marabá, no Pará; e Macapá, no Amapá, que, juntos, somam cerca de 3.500 funcionários. Atualmente, o projeto do PCS encontra-se parado na Comissão de Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados. Em todo o País, com Pará e Amapá, já são 11 unidades da Federação que estão em greve por tempo indeterminado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal dos Estados do Pará e Amapá (Sindjuf), a paralisação vai começar no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT), passando, posteriormente, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e à Justiça Federal. O Sindjuf agrega, além destes tribunais, a Justiça Militar da União.
Para o coordenador-geral do Sindjuf, Ribamar Silva, a paralisação vai ocorrer paulatinamente, com a adesão dos demais tribunais da capital e do município Marabá. Hoje, servidores da Justiça Federal e varas do Trabalho do município de Santarém também param as atividades. Em Macapá (AP), Justiça do Trabalho e o fórum trabalhista também aderem à greve. Já em Marabá, haverá negociação amanhã para uma possível paralisação do fórum trabalhista.
"Fizemos assembleia na sexta-feira passada (19) no hall do TRT. A greve será feita em partes. Vamos paralisar, amanhã (hoje), o TRT. Depois, às 10h, vamos fazer um ato em frente ao TRE (bairro da Campina), onde ainda realizaremos uma assembleia sobre a adesão dos funcionários do TRE", afirma o coordenador, revelando que, amanhã, o sindicato vai aproveitar a audiência pública sobre a reformulação do código eleitoral, realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para buscar a adesão dos trabalhadores da Justiça Federal.
Reivindicação - Dentre os pontos do PCS, de acordo com Ribamar Silva, o principal é a revisão salarial destas categorias, já que a defasagem na remuneração é uma das culpadas do déficit de funcionários da Justiça Federal em todo o País.
"O PCS pede a revisão da carreira, tentando equiparar os salários destes servidores a outras categorias, como no caso dos analistas judiciais, que querem uma revisão que os aproxime de categorias como procuradores e advogados da União", explica.
"Os analistas (nível superior), técnicos (nível médio) e auxiliares (nível fundamental) judiciais, têm salário-base, em média, de R$ 4.000,00, R$ 2.500,00 e R$ 1.800,00, respectivamente. A grande maioria dos técnicos e auxiliares - por mais que a profissão não exija - possui nível superior", completa. (No Amazônia)
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