Luiz Omar: "Vou lutar para que o mal não volte"

Por mais que ainda classifique a chapa de oposição como "turma do mal", por causa da relação estreita de muitos de seus componentes com o ex-presidente Arthur Tourinho, o atual presidente bicolor, Luiz Omar Pinheiro afirmou ontem que, por ele, não entrará na Justiça para tentar impedir a inscrição para a disputa da "Novos Rumos". "Posso adiantar que meu voto é que tenha eleição. Tenho consciência do trabalho que fiz e não temo nada. Vamos lançar a chapa na sexta-feira e tenho certeza que lá estarão vários de associados, pessoas do bem, ao contrário dessa ‘turma do mal’", confirmou Pinheiro.

O presidente também aproveitou a terça-feira para desmentir os rumores que davam conta de que ele poderia inverter com Ricardo Rezende as posições para a disputa, com ele ficando como candidato ao Condel e Rezende ao Codir. Pinheiro garantiu que nada muda, mas deixou no ar que se seus parceiros achassem esse o melhor caminho não colocaria objeção. "Desconheço essa informação. Até ontem (segunda-feira) estava reunido e não me disseram nada. Mas, se houver essa troca o clube continuaria nas mãos de uma pessoa da melhor qualidade, um grande companheiro que é Ricardo Rezende".

Luiz Omar Pinheiro só deixou a trégua de lado quando voltou a tecer comentários sobre os adversários. "Quando se tem uma chapa de oposição encabeçada por Arthur Tourinho, tudo é possível. Estou com a consciência tranquila de quem não lapidou esse clube. Queria saber onde está o dinheiro da Libertadores, que nunca apareceu. Aí me aparece o cara que era o diretor financeiro daquela época e vem falar de clareza. Eu vou lutar para que o mal não volte."

Bira Lima, candidato da oposição, o tal "o cara que era o diretor financeiro daquela época", defendeu a administração pela qual passou (2002 e 2003) e garantiu que dívidas a pagar são naturais no futebol. "Ele (Pinheiro) fala da ‘turma do mal’, mas já se vão quatro anos. Todos os outros dirigentes pagaram dívidas anteriores, as ações trabalhistas podem surgir até cinco anos depois. Não vou me preocupar com qual foi a diretoria, mas que são dívidas do clubes". (No Amazônia)