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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

WILDE FONSECA (artigo de Vicente José Malheiros da Fonseca)

WILDE DIAS DA FONSECA, conhecido como maestro Dororó, nasceu em Santarém (PA), em 13 de dezembro de 1919, e faleceu, nesta cidade, em 28 deoutubro de 2010. Era filho do maestro e compositor José Agostinho da Fonseca (patrono da Cadeira nº 24 da Academia Paraense de Música) e Anna Dias da Fonseca.

Irmão do compositor Wilson Fonseca (maestro Isoca), da professora e pianista Maria Annita Fonseca de Campos, do poeta e escritor Wilmar Fonseca e da soprano AdahylFonseca, Dororó era músico, professor, historiador, compositor e maestro, além de cantor (barítono-baixo).

Tocava violino, contrabaixo de cordas, acordeon, órgão, harmônio, piano, além de ser regente de Corais e Banda de Música. Integrou, como violinista, a Orquestra Euterpe Jazz, fundada e dirigida por seu pai e depois por Wilson Fonseca. Teve participação ativa no movimento teatral, como ator, em diversas peças, em Santarém. Foi membro da Academia de Letras e Artes de Santarém, na Cadeira que tem como patrono seu genitor. Sempre viveu em Santarém, onde foi comerciário, trabalhou na Fundação Serviços Especiais de Saúde Pública (SESP) e funcionário do Banco do Brasil S.A., durante 23 anos.

Aposentado em 1971, não interrompeu as suas atividades, pois passou a dedicar-se ao magistério, escreveu diversos artigos em jornais de Santarém e no Programa da Festa de N. S. da Conceição, e apresentou programas de televisão especialmente sobre música e cultura.

Estudou o curso primário no Grupo Escolar de Santarém (atual Escola Estadual de Ensino Médio “Frei Ambrosio”), o curso ginasial (anos mais tarde) através do Projeto Minerva e o 2º grau no Colégio Álvaro Adolfo da Silveira, em sua terra natal. Em 1982, licenciou-se no curso de Letras do 1º grau, pela Universidade Federal do Pará (núcleo de Santarém), após aprovação, em 1º lugar, no vestibular.

Muito jovem, iniciou seus estudos de teoria musical e piano com o pai, a respeito do qual é oportuno destacar: “José Agostinho da Fonseca estudou em regime de internato, no hoje Instituto Lauro Sodré, de Belém do Pará e de lá saiu com diploma de mestre-alfaiate. Na época, o Instituto era ‘o maior educandário profissional no país’.Escola profissional modelo, que constantemente contratava professores especializados na Europa. Além do ensino profissional, esse modelar estabelecimento ministrava ensinamentos correspondentes ao ginásio atual, com o título: curso secundário, cujo diploma José Agostinho obteve também. Era o máximo que um moço pobre podia aspirar em Belém, que ainda não possuía Faculdades” (no livro “José Agostinho da Fonseca – O músico-poeta”, de Wilmar Dias da Fonseca.

Aprendeu a tocar harmônio com Irmã Úrsula Luttig I.C.; violino e contrabaixo de cordas com Wilson Fonseca, seu irmão; e regência com Frei Edmundo Bonkosch, O.F.M., a quem substituiu, quando este, transferido para Alenquer, deixou a direção do Coro da Congregação Mariana, em 1938. Em 1942 reorganizou o conjunto, que passou a chamar-se “Coro de Santa Cecília” e permaneceu ativo até 1951, quando se transformou na ala masculina do “Coro da Catedral de Santarém”, dirigido pelos irmãos Isoca (organista) e Dororó (regente). Fundou ainda, em conjunto com seu irmão Wilson Fonseca, o “Coral de Santarém” e a Filarmônica Municipal “Prof. José Agostinho”.
Desde a idade de 17 anos dedicou-se ao canto coral, que estudou tenazmente. Fez várias viagens ao Sudeste do país (Rio de Janeiro e São Paulo), onde manteve contatos com orquestras sinfônicas e corais e pôde observar a técnica de grandes regentes brasileiros e estrangeiros, como Eleazar de Carvalho, Edoardo Guarnieri, Souza Lima, Francisco Mignone, Armando Belardi, Jean Martion e Helmuth Froschauer (regente dos “Meninos Cantores de Viena”).

Wilde Fonseca era dedicado regente, seguro e exigente. Lecionou música no Seminário São Pio X e nos colégios “Dom Amando”, “Santa Clara”, “Álvaro Adolfo da Silveira e “Rodrigues dos Santos”, onde também foi professor da língua inglesa.

Em Vitória (Colégio Sacré Coeur), Cuiabá (Universidade Federal de Mato Grosso) e São Paulo (Universidade de São Paulo – USP), participou de Painéis FUNARTE de Regência Coral.

Manteve durante muito tempo um curso noturno de teoria, solfejo e educação musical, inteiramente gratuito, para rapazes (cf. Vicente Salles, no livro “Música e Músicos do Pará”, 2ª edição, Belém: Secult/Seduc/Amu-PA, 2007, p. 139).
Destacou-se como ator em inúmeras peças apresentadas nos extintos Teatro Vitória e Palco São Francisco e na Casa Cristo-Rei, no período de 1935 a 1945, e na revista de costumes regionais “Olho-de-boto”, na comédia “És tu, Malaquias?” e no drama “Mártir do Dever”.

Em 1970 integrou as comissões Organizadora, de Seleção e a Julgadora esta presidida pelo maestro Waldemar Henrique) do 1º Festival da Música Popular do Baixo-Amazonas.

Em 1972 participou da “Semana de Santarém”, no Theatro da Paz, como membro da comissão organizadora e na direção de um conjunto vocal de santarenos que ali se apresentou, como também na regência do Madrigal da Universidade Federal do Pará, no encerramento daquele histórico evento na capital paraense.

Gostava de dizer que a coisa mais linda deste mundo foi-lhe dado a presenciar no Teatro Municipal de São Paulo, no dia 20 de junho de 1957: um concerto dos “Meninos Cantores de Viena”.

Foi fundador do movimento comunitário católico, juntamente com Carlos Gonçalves e Antônio Costa, que deu origem à Paróquia de N. S. das Graças, inspiração para a criação do bairro que teve este nome, hoje bairro de Santa Clara, em Santarém.

Tinha predileção por duas músicas eruditas: Tocata e Fuga em Ré menor (BWV 565), para órgão, de J. S. Bach; e Concerto nº 1 para Piano e Orquestra (op. 23), de Tchaikovsky.

Pouco se dedicou à composição musical. Escreveu a música do Hino do Colégio “Dr. Rodrigues dos Santos”.

Sobre o irmão, escreveu Wilson Fonseca: “O coral ‘Vozes do Advento’, bom conjunto dirigido pelo jovem harmonista Paulo Souza, preparava-se para participar do Congresso Adventista Nacional, a realizar-se em julho de 1972 no famoso ‘Teatro Amazonas’, de Manaus, quando Wilde foi convidado para orientar os ensaios e acompanhar os congressistas, na condição de regente do coral. Surpreendendo a todos, o conjunto vocal não figurava na programação; subestimaram-no, talvez por ser do interior. Para representar a zona Norte, estava destacado um coral de Belém. Entretanto, Wilde, depois que assistira alguns ensaios desse coral, ainda a bordo da embarcação que os levava a Manaus, chegou à conclusão de que o de Santarém estava em condições de fazer melhor figura.E nessa convicção, pretextando ‘matar o tempo’, reuniu os seus comandados e passou a ensaiar algo de novidade. Só então, pela surpresa, as atenções se convergiram para a gente mocoronga. Os dirigentes da peregrinação, ato contínuo, ali mesmo na embarcação, reformularam seus “scripts” e transferiram, com a aprovação de todos, o encargo de representação artística para o coral santareno. E lá no ‘Teatro Amazonas’, entre outros, inclusive o magnífico ‘Carlos Gomes’, de São Paulo, também canta, com agrado geral, músicas tipicamente regionais, de autores santarenos, o coral ‘Vozes do Advento’, já sob a batuta de seu regente-convidado. Passado um ano dessa apresentação, com o afastamento de Paulo Souza, Wilde Fonseca é convidado para assumir a direção desse coral. Aceitou, sem quaisquer implicações religiosas, por amor à arte, para que não ocorra a extinção de mais um coral em Santarém”

Conforme Cristovam Sena (dados biográficos de Wilde Fonseca, no livro “Folclore em Santarém”, 2002, Instituto Cultural Boanerges Sena, Santarém-PA), “é o escritor santareno mais reeditado. ‘Santarém Momentos Históricos’, o livro mais pelos estudantes do primeiro grau para pesquisa, está na sua quarta edição [atualmente, na 5ª edição, 2006/2007], revista e aumentada. Escreveu também ‘Rudimentos de Teoria Musical e Solfejo’ e a ‘História do Colégio Dom Amando e da Congregação dos Irmãos de Santa Cruz no Brasil’. Agora nos brinda com ‘Folclore em Santarém’, onde escreve sobre nossas tradições, costumes, crenças e superstições. Obra que chega em bom momento, quando assistimos a invasão de uma cultura exógena trazida pela expansão agrícola, com capacidade de obliterar o que foi construído por Nurandaluguaburabara e Betendorf”.
O maestro Dororó comemorou 90 anos de idade, em 13 de dezembro de 2009, cercado da esposa, filhos, neta, parentes, amigos e admiradores.
Ao falecer, com quase 91 anos, deixou viúva a Srª. Madalena Santos Fonseca, com quem teve 4 filhos: José Wilde, José Agostinho, João Paulo e Benedito Augusto, todos dedicados à música (João Paulo, professor universitário e coordenadordo Curso de Licenciatura em Música da Universidade do Estado do Pará, em Santarém, tem formação acadêmica como regente de banda, pela UEPA, e dirige atualmente a Filarmônica Municipal “Prof. José Agostinho”). No primeiro casamento, Dororó teve dois filhos: José Augusto (falecido) e Maria Bernadete (que mora em São Paulo).

A Missa de corpo presente, na Igreja do Santíssimo, em Santarém, em 29.10.2010, foi concelebrada por 5 padres: Frei Gregório, Vigário da Igreja do Santíssimo; Padre Antônio Jorge, Vigário da Igreja de N. S. de Aparecida; Padre Sidney Canto, Vigário da Igreja de Santo Antônio, de Mojuí dos Campos; Padre Ronaldo, Vigário da Igreja Matriz de N. S. da Conceição; e Frei João, Provincial da Ordem dos Franciscanos Menores, em Santarém.

Nas homenagens fúnebres, várias pessoas se pronunciaram: Padre Sidney Canto; Dr. Eriberto Santos, Presidente da Academia de Letras e Artes de Santarém; maestro José Agostinho da Fonseca Neto (maestro Tinho); Drª. Maria do Carmo Martins Lima, Prefeita Municipal de Santarém, acompanhada das Secretárias de Educação e Cultura; José Wilde, filho de Dororó; poeta Emir Bemerguy; e o autor deste artigo. A Prefeita de Santarém ofertou um exemplar da Bandeira de Santarém, criada pela Sociedade Etnográfica e Literária de Santarém (da qual Dororó era membro) e pelo heraldista Professor Arcino Antônio Peixoto de Faria, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, um dos símbolos municipais da Pérola do Tapajós – juntamente com o Brasão Municipal e o Hino Municipal (letra de Paulo Rodrigues dos Santos e música de Wilson Fonseca), aprovados pela Lei nº 7.186, de 18.06.1976 –, que cobriu o esquife de Wilde, como também a Bandeira da Filarmônica “Prof. José Agostinho”.

Dentre as homenagens musicais, antes e depois da Missa, destaco a participação emocionante da Filarmônica “Prof. José Agostinho”, sob a regência de Rafael Nascimento de Macedo Brito, trombonista e regente substituto, e da Orquestra Jovem “Maestro Wilson Fonseca”, sob a regência de José Agostinho da Fonseca Neto, meu irmão, sobretudo quando as orquestras tocaram em conjunto, a Filarmônica agora sob a regência de meu primo João Paulo Santos Fonseca, filho de Dororó, precisamente conforme era o desejo de Wilde Fonseca, revelado na ocasião pelo Tinho. O repertório musical executado nas exéquias de Dororó foi brilhante e à altura do maestro falecido: Canção de Minha Saudade (1949), letra de Wilmar Fonseca e música de Wilson Fonseca; Dobrado nº 11 – “Wilde Fonseca” (1945), música de Wilson Fonseca, sobre melodias de José Agostinho da Fonseca; Dobrado nº 12 – “José Agostinho” (1945), música de Wilson Fonseca; Boca Preta, cateretê ou samba carnavalesco (1922), música de José Agostinho da Fonseca, dedicada ao Raimundo (Dico) Sussuarana (violinista de orquestras do compositor), arranjo de Wilson Fonseca; Hino da Festa de N. S. da Conceição (1971), letra de Emir Bemerguy e música de Wilson Fonseca; Terra Querida, canção (1961), música de Wilson Fonseca, cantada por Ádrea Figueira Lopes, acompanhada da Orquestra Jovem “Wilson Fonseca”; e Marcha Fúnebre nº 1 – “J.Fonseca” (escrita em torno de 1925), música de José Agostinho da Fonseca.

Wilde foi inumado na mesma sepultura em que jazem os restos mortais de sua mãe Anna Dias da Fonseca e seus irmãos Wilmar Dias da Fonseca e Adhayl Dias da Fonseca, no Cemitério de N. S. dos Mártires, ao lado dos jazigos de outros parentes, ao som da bela canção “Terra Querida”.
Depositário de relíquias da família, Wilde guardava com carinho a tesoura de alfaiate e a batuta de maestro, pertencentes a meu avô José Agostinho da Fonseca; a caneta de ouro e madre-pérola que José Agostinho ganhou como prêmio por ter obtido o 1º lugar na conclusão do Curso de Música no Instituto de Educandos e Artífices, em Belém, em 1906; o contrabaixo de cordas, tocado por meu avô, por meu pai Isoca e por meu tio Dororó. Os familiares pretendem conservar o seu piano, os demais instrumentos musicais, a sua rica biblioteca, as relíquias guardadas, a máquina datilográfica e o quarto de Dororó, como uma espécie de memorial ou museu, para visitação pública.
Sobrinho e afilhado de Wilde Fonseca, prestei-lhe uma singela homenagem póstuma: depositei a partitura da musica Marcapasso" (chorinho), de minha autoria, no ataúde de meu querido tio Dororó, a exemplo do que fiz com a Valsa Santarena nº 51 (“Lira Iluminada”), que compus em homenagem a meu saudoso pai Wilson Fonseca (maestro Isoca), em 2002. O chorinho foi escrito em 2007, logo após a sua cirurgia cardíaca para implantação de um aparelho marcapasso, em Belém, e tocado nos 90 anos de Dororó, em 2009, na interpretação da cantora Kaila Moura, acompanhada por um Quinteto de Sopros (Flauta, Oboé, Clarinete, Trompa e Fagote), em Santarém.

Quando me pronunciei, durante as homenagens fúnebres, na Igreja do Santíssimo, assumi o compromisso de reunir, numa só composição, o Hino da Academia de Letras e Artes de Santarém, pois eu havia composto em meados de 2010, música e letra do hino, sem ter conhecimento de que o poeta Emir Bemerguy já elaborara um texto poético, em 2008, com idêntico propósito, para ser musicado por Wilde Fonseca. Em face da avançada idade e de seu precário estado de saúde, meu tio não chegou a fazer a música. Mas agora o hino, com a fusão das duas letras, está pronto, pois completei a peça musical incorporando também o texto de Emir Bemerguy.

Wilde era o “gigante franzino que vai derrubando, no tapa, os obstáculos que se atravancam em seus caminhos”, como lembra Emir Bemerguy, no capítulo “Honra ao Mérito”, no livro Santarenices – Coisas de Santarém.

Como pai, professor, escritor e compositor, Dororó tornou-se eterno, ao cultivar e transmitir a herança musical da família Fonseca e ensinamentos aos seus inúmeros alunos. Era humilde e cristão autêntico. Um gênio que deixa saudades...

5 comentários:

  1. Caro amigo Ércio,
    No texto original, fiz citação a uma obra importante que aborda dados biográficos de meu tio Dororó. Trata-se de um livro de Vicente Salles, paraense, musicólogo, membro da Academia Brasileira de Música, que mora atualmente em Brasília.
    Refiro-me ao seguinte trecho do artigo (será que você poderia completar?):

    Manteve durante muito tempo um curso noturno de teoria, solfejo e educação musical, inteiramente gratuito, para rapazes (cf. Vicente Salles, no livro “Música e Músicos do Pará”, 2ª edição, Belém: Secult/Seduc/Amu-PA, 2007, p. 139).

    Muito grato.
    Abraços,
    Vicente Malheiros da Fonseca.

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  2. Ercio, acabei de ler o texto que Vicente escreveu sobre sr.Wilde e como eu estava presente revivi exatamente pelas palavras dele tudo que lá aconteceu,gostaria de lhe comunicar a vc Ercio que o maestro substituto e trombonista ao qual Vicente mencionou se trata do neto do seu colega do BASA Dagomar Macedo, fiz este comentário pois sei que tinha muito carinho pelo meu pai, abraços Sandra Lúcia(mãe do Rafael).

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  3. Sandra,
    Fiquei satisfeito com a notícia sobre o Rafael. O Dagomar, em bom lugar, com certeza, deve estar orgulhoso do talento do neto querido. Abraços à minha amiga, Dona Dely, sua mãe. Volte sempre! ERCIO

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  4. Leia no fórum de minha comunidade no Orkut a íntegra do artigo que escrevi em homenagem ao meu tio e padrinho Wilde Fonseca (Maestro Dororó), falecido em 28 de outubro de 2010:

    http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=17612591&tid=5535337903881877811&start=1

    ...

    O artigo está publicado numa “Nota”, no meu Facebook:

    http://www.facebook.com/note.php?note_id=450528151045

    E também no Blog “O Mocorongo”, do Ércio Bemerguy:

    http://ercioafonso.blogspot.com/2010/11/wilde-fonseca-artigo-de-vicente-jose.html#comments

    ...

    Veja ainda fotos no álbum em homenagem a Wilde Fonseca (Maestro Dororó), no meu Facebook:

    http://www.facebook.com/album.php?aid=42481&id=100000572904070&l=f3638217de

    ...

    Vicente Malheiros da Fonseca

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  5. Prezado Vicente,
    Realmente, ocorreu uma falha na edição do texto. Já efetuamos o complemento. Aproveito o ensejo para parabenizá-lo pelo excelente artigo. Além de amigo eu sempre fui fã do Dororó. Jamais esquecerei que ele, muitas vezes, prestou valiosa colaboração ao programa E-29 Show que eu e o Edinaldo apresentavamos na Casa Cisto Rei. Não só ele, mas também e, principalmente, o maestro Isoca.Forte abraço do ERCIO

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