Diante disso, a Polícia Federal no Pará concluiu que os grupos tinham atuação no Aeroporto Internacional de Belém e em casas de câmbio, instaladas no centro comercial de Belém. De acordo com as investigações, um grupo atuava nas imediações do aeroporto com um esquema de compra e venda de moeda estrangeira. Já o outro grupo, formado por casas de câmbio, abastecia-se com moedas estrangeiras obtidas ilegalmente pelo grupo do aeroporto, oriundos de voos do Suriname e comercializavam as moedas em seus estabelecimentos também de forma ilegal. Ainda segundo a Polícia Federal, o grupo também negociava clandestinamente ouro, procedente da Guiana Francesa e do Suriname, com possibilidade de origem também de cidades brasileiras, como o município de Itaituba.
Durante a manhã de ontem, sete pessoas, que tinham mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça, foram encaminhadas à sede da Superintendência da Polícia Federal. A maioria é composta por empresários e sócios de casas de câmbio, empresas de turismo e hotel. São elas: Manuel Raimundo Damasceno, Franklin Nunes Pinto, José Alves Lima Júnior, Katiucia Lima, Iran Ferreira Neto, Francisco Iolaio Teixeira Maciel e Denis Mota Gonçalves. O acusado José Alves Lima Júnior é um dos sócios da casa de câmbio Casa Francesa. Já Katiucia Lima é filha dele e uma das sócias do hotel Açaí Tropical.
A auditora do trabalho Selma Regina Aviz também foi levada para a Polícia Federal, na manhã de ontem, para apenas prestar esclarecimentos. Ela foi flagrada por agentes arremessando a quantia de mais 200 mil em notas de euro, dólar e da República Tcheca, pela janela do 13º andar do apartamento dela. O pacote de dinheiro caiu sobre o telhado de uma residência, segundo informaram os agentes da Polícia Federal. Ainda no imóvel foram apreendidos pela Polícia Federal 3.765 euros, US$ 8.740 e mais de R$ 20 mil. Já na empresa Aviztur, da qual ela é uma das sócias, foram apreendidas várias quantias em dinheiro de diferentes países. Entre elas, 65 mil euros, 4.360 rubros (Rússia), 5.450 tcheco (República Tcheca), R$ 10 mil e US$ 30 mil.
(Fonte: Amazônia)
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