Em tom emocional, o presidente Lula abusou do ufanismo no último pronunciamento à nação, ontem à noite, quando se despediu da população brasileira, a uma semana de passar o cargo para Dilma Rousseff.
Num balanço do governo, ele listou programas e obras. Pediu apoio da população a Dilma e disse ser simbólica a transmissão da faixa do primeiro operário para a primeira mulher presidente brasileira.
— Saio do governo para viver a vida das ruas. Homem do povo que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino e jamais fugir à luta — afirmou Lula.
Criticou os antecessores, afirmando ter livrado o Brasil da maldição elitista.
— Se governamos bem, foi principalmente porque conseguimos nos livrar da maldição elitista que fazia com que dirigentes políticos deste país governassem apenas para um terço da população e se esquecessem da maioria do seu povo, que parecia condenada à miséria e ao abandono eternos. Mostramos que é possível e necessário governar para todos — disse.
Em tom emocional, Lula pediu que não perguntem sobre seu futuro, mas sobre o futuro do Brasil, porque a população brasileira lhe deu "um grande presente". E apela para que os brasileiros acreditem no futuro do país, pois há "motivos de sobra para isso". Lula coloca-se como exemplo a ser seguido.
— Minha felicidade estará sempre ligada à felicidade do meu povo. Onde houver um brasileiro sofrendo, quero estar espiritualmente ao seu lado. Onde houver uma mãe e um pai com desesperança, quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto. Onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível — afirmou.
E encerrou:
— Vivi no coração do povo e nele quero continuar vivendo até o último dos meus dias. Mais do que nunca, sou um homem de uma causa só e esta causa se chama Brasil.
Para Lula, no fim de seus dois mandatos, os brasileiros acreditam mais em si e no país, sendo uma conquista coletiva. Segundo Lula, seu mérito foi ter "semeado sonho e esperança".
— Meu sonho e minha esperança vêm das profundezas da alma popular, do berço pobre que tive e da certeza de que, com luta, coragem e trabalho, a gente supera qualquer dificuldade. Quando uma pessoa do povo consegue vencer as dificuldades gigantescas que a vida lhe impõe, nada mais consegue aniquilar o seu sonho.
Lula disse que o governo petista afugentou "a onda de fracasso que pairava sobre o país" e que governou como "um brasileiro comum", que tinha de superar dores, vencer preconceitos e não poderia fracassar.
Quem escreveu esse discursório demagogo para ele?
ResponderExcluirFrancamente...