O presidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Carlos Lamarão, se recusou a receber um carregamento de móveis que chegou ao órgão ontem, vindo de São Paulo. De acordo com o atual gestor do Iterpa, os móveis foram comprados para serem colocados na nova sede do órgão, que ainda não existe. O carregamento já foi pago pela administração anterior, no dia 28 de dezembro de 2010, só que a reforma no galpão onde deverá funcionar o órgão, na rodovia Arthur Bernardes, ainda está em fase de conclusão de licitação.
Segundo Lamarão, a entrega do carregamento o pegou de surpresa. "Fomos surpreendidos com a entrega desses móveis e tivemos que analisar os contratos até descobrirmos que se tratava de móveis comprados e já pagos para um prédio que sequer foi reformado", disse. De acordo com ele, esse carregamento de móveis custou R$ 153 mil. Ainda será entregue um outro carregamento com os móveis restantes, no valor de R$ 38 mil. "Não temos onde colocar esses móveis porque é preciso concluir a licitação e que o projeto seja aprovado pelo Banco Mundial para depois iniciarmos as obras de reforma no galpão, que está sendo destinado para ser a nova sede do Iterpa", explicou.
O novo presidente do órgão disse também que será analisado o contrato feito pela gestão anterior com a empresa OFC Indústria e Comércio de Produtos para Escritório LTDA, cuja sede é em São Paulo. Ele acha estranho que os móveis tenham sido comprados e pagos antes mesmo de a reforma ser iniciada. "Não temos um galpão ou depósito para guardar esses móveis. Por isso, estamos lavrando um auto, justificando a recusa do recebimento para que a empresa guarde esses móveis em depósito até que analisemos o contrato e consigamos um espaço para colocá-los", disse.
O assessor do Iterpa, Daniel Lopes, explicou que no dia 27 de dezembro de 2010 o representante comercial da OFC, Ruy Cohen, encaminhou um documento ao Iterpa, informando que os móveis já estavam em Belém, no galpão da empresa e que, por essa razão, teria que receber o pagamento. "Ocorre que esse carregamento de móveis veio de São Paulo, e não de um galpão, aqui, em Belém", disse o assessor.
O motorista do caminhão confirmou que trouxe a carga de São Paulo, mas, por receio de ter algum problema de ordem profissional, preferiu não se identificar nem dar detalhes sobre o carregamento. (No Amazônia)
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