O novo titular da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Segup), delegado Luiz Fernandes, disse que o governo estabelecerá metas para a redução da violência no Pará e quem não cumprí-las deverá ser substituído. Os acertos e erros serão avaliados em reuniões realizadas com os titulares dos órgãos que compõem o sistema de segurança. Inicialmente, essas reuniões serão semanais e devem ter como principal foco o combate ao tráfico de drogas.
Ontem, o secretário teria uma reunião com todos os titulares da Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros, Centro de Perícias Científicas (CPC) e Superintendência do Sistema Penal (Susipe). Segundo Fernandes, o próprio governador Simão Jatene já definiu que também adotará esse procedimento todos os meses com os secretários e terá atenção especial com a segurança.
Apesar do otimismo, no novo secretário ainda não sabe exatamente o volume de recursos que serão repassados para a segurança. No entanto, ele acredita que as melhorias não dependerão do aumento dos recursos e sim da melhor gestão administrativa. "Ter maior efetivo não significa ter violência menor."
Fernandes ressaltou que o combate ao tráfico será uma prioridade no Pará, por considerar esse tipo de crime indutor de outros como o roubo e o homicídio. "O combate ao tráfico será implacável porque sabemos que ele é indutor dos homicídios e roubos", reforçou.
O secretário adiantou que, em 60 dias, pretende inaugurar uma delegacia de homicídios e transformar a atual delegacia de entorpecentes em divisão. A promessa é dotar essas unidades de maior infraestrutura. No caso da delegacia de homicídios, a proposta inclui integração com o serviço de identificação para que se cruzem informações sobre pessoas desaparecidas e assassinatos.
Também está nos planos do secretário a integração dos órgãos de segurança com o poder judiciário para que a troca de informações dependa menos dos papeis. A expectativa é que os inquéritos e outros procedimentos sejam remetidos à Justiça de forma eletrônica, uma forma de economizar tempo e dar uma resposta mais rápida à população. (No Amazônia)
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