As irmãs Vitória, de 11 anos, e Hannah, de 9, terão uma longa batalha pela frente para provar à Justiça de Serra Negra, no interior de São Paulo, que podem continuar estudando em casa, apenas com a ajuda dos pais.
Filhas de um americano com uma brasileira, as meninas foram tiradas da escola há três anos. Agora, os pais são alvo do Conselho Tutelar e do Ministério Público Estadual da cidade, que querem que eles cumpram o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), matriculando as meninas em uma escola regular.
Philip Ferrara, de 48, e Leila Brum Ferrara, de 44, são adeptos do movimento homeschooling ("ensino domiciliar", em inglês), prática de ensino amplamente difundida nos EUA - onde reúne mais de 1 milhão de adeptos -, mas proibida no Brasil.
As duas nasceram e viveram nos EUA por seis anos. No Brasil, os pais chegaram a matricular as meninas em uma escola regular particular, mas não gostaram da qualidade do ensino. Daí veio a decisão de oferecer a educação domiciliar para elas.
O problema é que o casal foi denunciado ao Conselho Tutelar, que constatou a ocorrência do que eles chamam de "evasão escolar" e pediu que o Ministério Público tome providências.
"Esses pais estão descumprindo o estatuto e precisam rematricular essas crianças na escola", afirmou uma conselheira que não quis se identificar. (Fonte: O Estado de S.Paulo)
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