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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Para público de luxo, SP tem hotel com diária de R$ 26 mil

Comemorando 457 anos nesta terça-feira (25), a cidade de São Paulo, maior do Brasil, é também a mais rica. Com isso, quem mora na capital paulista tem um custo de vida alto. Para quem tem dinheiro sobrando, glamour é o que não falta.

A experiência de viver luxuosamente ganha proporção em uma suíte presidencial de um hotel. Apenas o tapete onde ficam os sofás tem 50 metros quadrados, o tamanho de muitos apartamentos populares. A sala ampla com decoração moderna e elegante ocupa menos da metade do andar.

A suíte inteira tem 750 metros quadrados, e o preço é para poucos: o hóspede paga R$ 26 mil a diária do apartamento de três quartos, cinco banheiros, cozinha equipada para receber um chef e muita discrição.

“Tem um heliponto, então, normalmente o cliente chega de helicóptero, desce diretamente na suíte e encontra outros clientes só se ele quiser”, disse o diretor de vendas Cristian Bernardi. Os clientes, em sua maioria, são chefes de Estado.

Em um salão de beleza, a conta para uma noiva pode chegar a R$ 20 mil. “Acho que uma noiva é o mais caro. Chego a ficar com vergonha de quanto eu cobro, mas tem que cobrar porque eu, no caso, se saio do salão no sábado, é um custo muito alto que eu deixo de faturar”, contou o cabeleireiro Mauro Freire. “Dá pra contar quanto: 15, 20 [mil reais]". A conta inclui os cuidados com mãe e madrinha da noiva.

Uma visita normal ao salão também não é barato. “R$ 350 o corte, mas lavado, secado, escova, acho que passa dos R$ 500. Que horror!”, disse o cabeleireiro.

As clientes que são paparicadas com espumante não se queixam. “Você chega e já escolhe uma roupa lá embaixo, tem restaurante que almoça com amigas. O corte de cabelo dele é incrível, super diferenciado, corte à navalha que dá leveza”, disse uma delas.

Gastronomia

Paladar apurado também exige desprendimento. Em um restaurante da cidade, o prato mais caro é a lagosta flambada com champanhe – R$ 181 só a iguaria, sem contar a bebida, a sobremesa e o café. Se o vinho do Porto fosse vendido por dose, a conta seria acrescida de mais R$ 1.200. Mas quem quiser prová-lo tem que levar a única garrafa do restaurante, por R$ 15 mil.

Um dos sócios explica que a bebida é uma raridade e tem 155 anos. “Passaram duas guerras mundiais, quantos presidentes, quantas ditaduras, quantos governos caíram, quantas misses foram eleitas, quantas músicas foram compostas e esse vinho sempre lá dormindo. Eu provei e posso recomendar: vale cada centavo”, afirmou Carlos Bettencourt. (No G1)

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