"Hoje a proporção de mulheres infectadas pelo HIV ultrapassou a de homens justamente na faixa etária de 13 a 19 anos. A nossa preocupação é que isso pode ampliar a feminização da epidemia. E a ideia da campanha é encorajar meninas, moças e jovens, na hora H, a pedir a camisinha", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou do lançamento da campanha na quadra da escola de samba Salgueiro, na zona norte do Rio.
A segunda etapa da campanha será para incentivar o teste de HIV, sífilis e hepatite B entre aqueles que não fizeram sexo seguro no carnaval. O próprio ministro fez o teste rápido, cujo resultado sai em 15 minutos. O ministério vai instalar tendas em locais movimentados, para que os foliões possam fazer os exames.
A estimativa do ministério é de que 630 mil pessoas sejam soropositivas. Dessas, 255 mil nunca fizeram o teste e desconhecem ser portadoras do vírus.
Padilha reconheceu que o lançamento da campanha ocorre a uma semana do carnaval, quando a festa já ganhou as ruas de muitas cidades, mas negou que tenha havido atraso e ressaltou que faz parte da estratégia do ministério divulgar o assunto no período mais próximo do carnaval.
Com o slogan "Sem camisinha não dá", a campanha inclui propagandas em tevê, spots de rádio e outdoors.
Um quarto dos 400 milhões de preservativos distribuídos anualmente pelo Ministério da Saúde são produzidos por seringueiros de Xapuri, no Acre. A fábrica foi construída com financiamento do BNDES. De acordo com Padilha, as camisinhas produzidas com látex nacional são cinco vezes mais resistentes do que as importadas, de acordo com testes de pressão a que foram submetidas. (No Amazônia)
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