Belenense gastou R$ 20,73 por cada refeição fora de casa em 2010
O trabalhador brasileiro gastou, em média, R$ 21,11 no ano passado para fazer uma refeição fora de casa com prato principal, sobremesa, bebida não alcoólica e cafezinho, mostra pesquisa da Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador). O valor é 15,98% superior aos R$ 18,20 apontados em estudo do ano anterior. Entre as 22 cidades pesquisadas, Belém foi a nona mais cara, com preço médio de R$ 20,73 por refeição. Comer fora de casa na capital paraense só não é mais caro do que no Rio de Janeiro, Santos, Brasília, Campinas, Grande São Paulo, Grande Vitória, Ribeirão Preto e São José dos Campos
"O custo dos alimentos pressionou a inflação em 2010 e isso reflete também no preço das refeições fora de casa’’, afirma o presidente da Assert, Artur Almeida. A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), encerrou 2010 em alta de 5,91%. O presidente da entidade ressalta que os alimentos ficaram 10,39% mais caros, contribuindo com 2,34 pontos percentuais na formação do IPCA. "Isso representa 40% do índice’’, diz.
Segundo ele, a demanda crescente também contribuiu para o aumento dos preços das refeições. "Há uma forte procura no País pelas refeições fora de casa, uma vez que a massa salarial tem aumentado.’’ O rendimento médio do trabalho foi de R$ 1.490,61 no ano passado, 3,8% a mais do que em 2009, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O levantamento mostra ainda que o vale-refeição médio pago aos trabalhadores brasileiros em 2010 cobriu apenas 47% do preço cobrado nos restaurantes do País. O valor recebido da empresa estava em cerca de R$ 10,00 ao dia. Em 2009, a proporção era de 55%. "Apesar do mercado de trabalho estar em crescimento, com o ingresso de novos trabalhadores, as empresas ainda não oferecem o benefício no valor total para o empregado se alimentar’’, afirma. Almeida lembra que há casos de categorias que recebem valores superiores. "Isso ocorre porque têm um sindicato forte, o que infelizmente não é o caso da maioria dos trabalhadores.’’
Região - Na divisão por região do País, as refeições mais caras estão no Sudeste (R$ 22,19), Centro-Oeste (R$ 21,21) e Norte (R$ 19,96). Em seguida aparecem o Nordeste (R$ 18,95) e o Sul (R$ 18,20). A cidade mais cara para comer fora de casa é o Rio de Janeiro (R$ 26,57), que apresentou um aumento de 30,25% entre 2010 e o ano anterior. Os analistas da associação acreditam que isso se deve às novas obras em andamento na cidade, projetos da construção civil visando à Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas e investimentos no pré-sal. Na sequência, estão Santos (R$ 26,34), Brasília (R$ 22,77), Campinas (R$ 22,26) e a Grande São Paulo (R$ 21,72). O levantamento foi feito entre 22 de novembro e 16 de dezembro, em 3.256 estabelecimentos que aceitam tíquete e vale-refeição. (No Amazônia)
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