A correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda, prometida pelo governo para ser feita após a aprovação do novo salário mínimo, vai reduzir o valor nominal do imposto retido na hora de receber o salário, mas não signfica necessariamnte que os trabalhadores passarão a pagar menos IR. Apenas que deixarão de pagar mais.
Isso porque, como a maioria dos salários é reajustada pela inflação, se as faixas do IR não forem corrigidas na mesma proporção, o peso do IR acaba aumentando.
- O índice de 4,5% não é um bom percentual, porque é centro da meta da inflação e usualmente a inflação tem ficado um pouco acima do centro da meta. Assim, há sempre uma pequena perda, mas mesmo que seja de 1% ano, ao longo de 10 dez anos, você tem 10% a 12% de perda. Mas é melhor corrigir em 4,5% do que não ter correção - diz Pedro Delarue, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).
Pelos cáculos do sindicato, nos governos Lula a tabela do IR ficou defasada 15% e nos dois governos FH, a perda acumulada foi de cerca de 45%.
Assim que a nova tabela do IR entrar em vigor, a faixa de salário isenta de imposto subirá de R$ 1.499,15 para R$ 1.566,61 e haverá ganhos para todas as faixas de renda. E, em termos percentuais, a mudança é maior para os salários mais baixos. (Em O Globo)
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