O governo nomeou ontem o novo presidente para o Ibama, órgão ambiental que ficou quase dois meses meses com dirigente interino. O escolhido foi Curt Trennepohl, corregedor-chefe e sub-procurador-chefe nacional do Ibama. O nome de Trennepohl não estava no banco de apostas de quem deveria assumir o mais alto posto do órgão responsável pelo licenciamento de grandes obras e fiscalização do desmatamento. A decisão foi tomada pela própria presidente, Dilma Rousseff, depois de analisar uma lista enviada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e contrariando a pressão de setores do PT, que pediam a manutenção do interino, Américo Tunes (diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas). A nomeação foi feita sem estardalhaço, discretamente publicada no Diário Oficial da União enquanto a ministra se encontra em viagem oficial ao Quênia. Segundo o ministério, Trennepohl foi escolhido para colocar em prática um processo de modernização do Ibama. Craque em direito ambiental, segundo funcionários do próprio órgão, o novo presidente assume o cargo em meio a pressões do governo para acelerar a concessão de licenças ambientais para grandes obras, como a polêmica hidrelétrica de Belo Monte. Funcionário de carreira do Ibama desde 1990, Trennepohl é autor de livros sobre decretos que punem infrações ambientais e sobre licenciamento ambiental. (No Amazônia)
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