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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mubarac renuncia à presidência do Egito

Multidão festeja renúncia do ditador

O vice-presidente Omar Suleiman, anunciou nesta sexta-feira (11) em pronunciamento na TV estatal que o presidente Hosni Mubarak renunciou., após 18 dias de violentos e crescentes protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5.000 feridos.

Depois de 30 anos no poder, ele entregou o poder ao Exército, disse Suleiman. Ainda não havia detalhes sobre como ocorrerá a transferência.

A notícia da renúncia, exigida pelos manifestantes, foi imediatamente celebrada com festa nas ruas do Cairo e das outras grandes cidades do Egito.

Por volta das 18h locais (14h de Brasília), na lotada Praça Tahrir, que foi o centro nervoso dos protestos, manifestantes cantavam: 'o povo derrubou o governo'.

Mubarak havia partido pouco antes para o balneário de Sharm el Sheij, no Mar Vermelho, a 400 km do Cairo, informou Mohammed Abdellah, porta-voz de seu partido, o Nacional Democrático

Mubarak, que tem uma residência no balneário, deixou a capital em meio a mais um dia de grandes protestos de rua pedindo sua saída imediata do governo.

Na véspera, ele havia anunciado a transferência de seus poderes a Suleiman, mas reafirmou que ficaria no governo até as eleições marcadas para setembro, mas isso não satisfez os oposicionistas.

Nesta sexta-feira, o Exército havia soltado nota prometendo levantar o estado de emergência sob o qual o país vive desde 1981, "assim que as circunstâncias atuais terminarem".

Os militares também prometeram garantir uma eleição presidencial "livre e justa" em setembro, além de mudanças na Constituição e da proteção da nação, que vive há 18 dias uma crise política sem precedentes, com fortes manifestações de rua pedindo a renúncia imediata do presidente, de 82 anos e há 30 no poder.

No comunicado, que foi interpretado como uma demonstração de apoio a Mubarak, o Exército disse que não iria perseguir os "honrados cidadãos que rechaçaram a corrupção e pediram as reformas".

O comunicado do Exército deixou claro que os militares queriam que a população encerrasse os protestos de rua e voltasse para casa. (G1)

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