Não deixem!
Que me transformem em Granito ou Argamassa de Cimento e que joguem sobre meus ossos o cal
Não deixem!
Que moldem em bronze, cobre ou qualquer vil metal que possa luzir ao gosto do óleo e do fel
Não deixem!
Que me façam Raiz e me cravem na terra feito espantalho de pedra...
Que eu seja mais um a ocupar nobres lugares em praças
Intimidando flores e pássaros
Nunca! Em hipótese alguma..
Deixem que cometam a heresia de me impermeabilizarem e me deixarem exposto
Majestosamente Estático
Espelho Pétreo a céu aberto
Exilado de minhas águas
Morto a míngua de sede
Cego de meus horizontes
Mito ausente de natureza
Prometam!
Que vão me deixar partir ...
Seguindo sobre leitos
Lambendo margens
Sob o olhar cuidadoso da restinga.
Que me transformem em Granito ou Argamassa de Cimento e que joguem sobre meus ossos o cal
Não deixem!
Que moldem em bronze, cobre ou qualquer vil metal que possa luzir ao gosto do óleo e do fel
Não deixem!
Que me façam Raiz e me cravem na terra feito espantalho de pedra...
Que eu seja mais um a ocupar nobres lugares em praças
Intimidando flores e pássaros
Nunca! Em hipótese alguma..
Deixem que cometam a heresia de me impermeabilizarem e me deixarem exposto
Majestosamente Estático
Espelho Pétreo a céu aberto
Exilado de minhas águas
Morto a míngua de sede
Cego de meus horizontes
Mito ausente de natureza
Prometam!
Que vão me deixar partir ...
Seguindo sobre leitos
Lambendo margens
Sob o olhar cuidadoso da restinga.
Nota da autora: Poema que fiz em homenagem ao meu pai Benedito Monteiro, fruto da memória de um diálogo que tive com ele poucos meses antes dele nos deixar. Ele chegou a dizer que tinha vontade de roubar a estátua do Rui Barata e levá-la pro Bar do Parque, porque, "pelo menos lá eles o conhecem e o respeitam"..., disse.
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