VERDES LÁGRIMAS (Autor: José Wilson Malheiros)
MORO NA AMAZÔNIA...
GUARDO NO MEU ÍNTIMO
ESSA TERRA MÍTICA,
DE BELEZA ESPLÊNDIDA,
ONDE ARES TÓRRIDOS,
FEITOS DE ÁGUAS MÁXIMAS
E DE VERDES MÚLTIPLOS
SÃO O MEU VIVER.
O CANTAR DOS PÁSSAROS,
O SUSSURRO AQUÁTICO:
PEIXES E CETÁCEOS...
UMA ONÇA INDÔMITA
DEVORANDO, ÁVIDA,
UMA NOVA VÍTIMA,
QUASE NO CREPÚSCULO
DE UMA BELA TARDE.
SACROSSANTAS ÁRVORES,
ABRIGANDO LÊMURES,
COBRAS SOLITÁRIAS...
AMBIÇÃO DOS CRÁPULAS,
PARAÍSO E TÚMULO
DE SONHOS FATÍDICOS,
(FUTURO DESÉRTICO)
NESSAS MOTOSSERRAS.
GRITO NESTE CÂNTICO,
POIS O APOCALÍPSE
VEM CHEGANDO CÉLERE
NAS FLORESTAS ÚLTIMAS...
CRIMINOSA INDÚSTRIA,
ONDE MÃOS SACRÍLEGAS
ASSASSINAM, SÔFREGAS,
AS SOBRAS DA MATA.
E NAS MINHAS LÁGRIMAS
SONHOS DO PRETÉRITO:
NATUREZA INCÓLUME,
MATAS E ARQUIPÉLAGOS
RIOS DE ÁGUAS LÍMPIDAS,
MUNDO SANTUÁRIO,
BERÇOS ECOLÓGICOS
PRESTES A MORRER.
MORO NA AMAZÔNIA...
GUARDO NO MEU ÍNTIMO
ESSA TERRA MÍTICA,
DE BELEZA ESPLÊNDIDA,
ONDE ARES TÓRRIDOS,
FEITOS DE ÁGUAS MÁXIMAS
E DE VERDES MÚLTIPLOS
SÃO O MEU VIVER.
O CANTAR DOS PÁSSAROS,
O SUSSURRO AQUÁTICO:
PEIXES E CETÁCEOS...
UMA ONÇA INDÔMITA
DEVORANDO, ÁVIDA,
UMA NOVA VÍTIMA,
QUASE NO CREPÚSCULO
DE UMA BELA TARDE.
SACROSSANTAS ÁRVORES,
ABRIGANDO LÊMURES,
COBRAS SOLITÁRIAS...
AMBIÇÃO DOS CRÁPULAS,
PARAÍSO E TÚMULO
DE SONHOS FATÍDICOS,
(FUTURO DESÉRTICO)
NESSAS MOTOSSERRAS.
GRITO NESTE CÂNTICO,
POIS O APOCALÍPSE
VEM CHEGANDO CÉLERE
NAS FLORESTAS ÚLTIMAS...
CRIMINOSA INDÚSTRIA,
ONDE MÃOS SACRÍLEGAS
ASSASSINAM, SÔFREGAS,
AS SOBRAS DA MATA.
E NAS MINHAS LÁGRIMAS
SONHOS DO PRETÉRITO:
NATUREZA INCÓLUME,
MATAS E ARQUIPÉLAGOS
RIOS DE ÁGUAS LÍMPIDAS,
MUNDO SANTUÁRIO,
BERÇOS ECOLÓGICOS
PRESTES A MORRER.
Salve, Zé Wilson, nosso poeta maiúsculo. Tamos com saudade de ti. Que poema, meu! Lindo...
ResponderExcluirO poeta coneguiu juntar a arte com a realidade. Gostei.
ResponderExcluirWaldeci, Pedreira, Belém PA
Linda poesia moderna e denunciante.
ResponderExcluirMárcio. De Altamira no Pará
Acho que este poema do José Wilson é uma profecia.
ResponderExcluirPoucas vezes vemos coisas boas assim.
Paula, Belem.
As rimas proparoxítonas são as mais difíceis. E o poeta "tirou de letra" em sua bela obra.
ResponderExcluirPaulo Vaz, aluno da Faculdade Letras