A preparação para o clássico do próximo domingo, entre Remo e Tuna Luso, às 16 horas, no Mangueirão, começou com um impasse. A diretoria azulina, através do vice-presidente Raphael Levy e do diretor de futebol Sérgio Dias, apresentou no início da noite de ontem, oficialmente, uma proposta real à diretoria cruzmaltina com relação à divisão da renda da partida válida pela sexta rodada do Campeonato Paraense. A ideia era dividir tudo meio a meio, como já se tornou praxe nos clássicos contra o Paysandu.
A reunião aconteceu com a presença de Fabiano Bastos, presidente da Lusa, que acabou não aceitando a proposta. Em resposta, ele apresentou uma contraproposta para "vender" o mando de campo para o Remo por uma cota fixa de R$ 200 mil. Oferta que foi considerada "graciosa" pelos cartolas azulinos.
"Infelizmente, o que nos foi oferecido está muito longe do que um clássico contra a Tuna poderia render. Só para se ter uma ideia, no Re x Pa de ontem (domingo), que teve mais de 35 mil pagantes, a cota do Remo foi de R$ 244 mil. E isso porque estamos livres dos bloqueios judiciais. Por isso, não temos como aceitar uma proposta como a que o presidente da Tuna nos fez", ponderou Sérgio Dias. "O presidente da Tuna ficou de apresentar outra proposta. Mas se não for a divisão de renda meio a meio, vamos deixar do jeito que está. Eles ficam com a renda do jogo e assumem toda a responsabilidade pela organização da partida", complementou.
Durante a reunião de ontem, realizada na sede da Tuna, os dirigentes dos dois clubes também discordaram quanto ao valor dos ingressos que serão cobrados para o duelo. "Nós estávamos pensando em cobrar R$ 10 pelas arquibancadas e R$ 30 pelas cadeiras, enquanto eles querem R$ 15 e R$ 30. Por esse valor, o público será menor ainda. Além disso, é bom lembrar que na mesma hora do nosso jogo a TV estará passando Flamengo e Botafogo, pelas semifinais do carioca", ressaltou Dias.
Um dos motivos que levaram a Tuna a tentar "vender" o jogo para o Remo é a total falta de estrutura do clube para administrar uma partida no Mangueirão. Além de não contar com pessoal suficiente para atuar no clássico, o clube não dispõe de catracas eletrônicas - uma das responsabilidades atribuídas aos mandantes de jogos pelo Estatuto do Torcedor.
Irritados com a postura da direção tunante, já há dentro do Baenão quem pense em boicotar o clássico do final de semana. Para esvaziar a partida, a diretoria do clube instalaria um telão na sede social da Avenida Nazaré e cobraria ingressos dos torcedores. Estes teriam na possibilidade de consumir bebidas alcóolicas durante o confronto um atrativo extra para não irem ao estádio. (No Amazônia)
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