No Pará, 1.500 doentes renais dependem da hemodiálise para sobreviver, mas o Estado possui apenas 242 máquinas específicas para esse procedimento. É necessário duplicar a quantidade de máquinas para atender a demanda, afirma o coordenador dos Hospitais Regionais do Estado, Arthur Lobo. Ontem, o governador Simão Jatene anunciou a implantação do Centro de Nefrologia no Estado, no prédio do antigo Hospital da Polícia Militar, na capital paraense, e a instalação de 100 novas máquinas em diversos municípios. Já o Ministério Público Federal, investiga se a Prefeitura de Belém está cumprindo a ordem judicial que determinou a regularização no pagamento das clínicas particulares que prestam o serviço de hemodiálise à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
"O problema das máquinas de hemodiálise não é um privilégio do Pará, mas do Brasil", diz Arthur Lobo. Cada máquina custa R$ 53 mil. As 100 máquinas anunciadas, já foram adquiridas pelo Estado com recursos federais, afirma. Já o secretário estadual de Saúde, Hélio Franco, acredita que será possível atingir a meta de aquisição total de 200 máquinas até o final do ano.
Lobo anunciou que parte dessas 100 máquinas irão para os hospitais regionais, nos próximos 60 a 90 dias. Além disso, a Santa Casa de Misericórdia do Pará vai receber 10 máquinas de nefrologia na ala pediátrica, em 120 dias, e o Hospital Santo Antônio Maria Zacharia, de Bragança, também passará a disponibilizar o serviço a partir do mês que vem, com a recente assinatura de convênio com a Secretaria de Estado de Saúde. O hospital já havia recebido 10 máquinas do Estado. Franco anunciou a implantação do Plano Estadual de Nefrologia, para trabalhar na identificação precoce dos casos de diabetes e hipertensão que evoluem para a falência dos rins, junto à atenção básica de saúde; a expansão da rede de hemodiálise e a ampliação do sistema de transplante renal.
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