A demanda por engenheiros no mercado de trabalho anda lado a lado com o crescimento econômico do Brasil. Em um cenário de expansão de 4% ao ano de 2011 até 2020, a oferta de empregos na indústria extrativa mineral, construção residencial e infraestrutura vai expandir respectivamente 11%, 1% e 3,4%. Se somados outros setores produtivos que exigem este tipo de mão-de-obra, o total empata com a geração de riquezas do país, também em 4%. O Brasil, contudo, quando equiparado a sete países das Américas, Europa e Ásia, fica na lanterna no percentual de formação em engenharias - somente 9% de todos os estudantes que concluem o ensino superior. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados na tarde de ontem pelo boletim Radar nº 12. O documento apresenta a análise de diversos aspectos da formação de mão-de-obra e qualificação profissional dos engenheiros no Brasil.
A pesquisa, que não apresenta os dados específicos de cada região brasileira, reflete a realidade observada no Pará. Em uma empresa de recrutamento em Belém, que também gerencia vagas no interior do Estado, os profissionais mais difíceis de serem encontrados entre todas as áreas do mercado de trabalho são os engenheiros de infraestrutura, engenheiros mecânico com experiência em obras e contratos, engenheiros em segurança do trabalho e técnicos em mecânica industrial. Os salários iniciais podem chegar a R$ 6 mil, sem contar os benefícios trabalhistas.
Uma solução de médio prazo abordada pelo estudo do Ipea é o fortalecimento do ensino técnico do país. No Estado, o Instituto Federal do Pará (IFPA) continua como a maior referência em cursos técnicos, mas as vagas em Mineração, Edificações e Estradas, somadas, não ultrapassam a 300 vagas por ano. O diretor de ensino do campus Belém, Daniel Palheta, explica que para cada engenheiro formado é necessário o apoio de cerca de 10 técnicos. A pesquisa pode ser lida na íntegra em www.ipea.gov.br. (No Amazônia)
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