O governador do Estado, Simão Jatene, confirmou que os dois médicos (um temporário e outro efetivo) do hospital Abelardo Santos, que faltaram ao plantão na segunda-feira de Carnaval, serão punidos. O servidor temporário será exonerado e o efetivo vai responder a um processo administrativo. O secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco, também cobrou das prefeituras mais rigor na punição a médicos faltosos em unidades municipais e pronto-socorros. As declarações foram feitas na manhã de ontem, durante a visita ao Hospital de Clínicas Gaspar Viana.
Quanto a novas punições, Jatene preferiu dizer que vai tentar dar mais estímulo e incentivos para os servidores, principalmente da saúde, trabalharem melhor. "Se precisar punir, haverá punição sim. Ser servidor público é uma opção de vida", afirmou."Um médico faltar, sem dar uma justificativa aceitável, é um crime. São vidas de pessoas que estão em risco", completou o secretário de saúde, Hélio Franco.
Médicos - "Não se pode fazer do médico o bode expiatório do caos da saúde", defende o diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), Wilson Machado. Ele concorda que a falta dos médicos aos plantões tem que ser cobrada e punida, mas ressalta outros problemas crônicos. "Os hospitais e unidades estão sucateados e precisam ser equipados, as verbas da saúde são insuficientes, os municípios precisam atender a média complexidade, a atenção básica precisa ser ampliadas, a remuneração dos médicos é péssima, o vencimento base é de um salário mínimo (R$ 545) na prefeitura e de pouco mais de R$ 700 no Estado", aponta.
O Conselho Regional de Medicina informou que concorda com a punição e destacou que acompanha a lista de plantão dos estabelecimentos de saúde do Estado e dos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba e Benevides. O caso do Abelardo Santos foi encaminhado à corregedoria do CRM e hoje foi aberta sindicância para apurar os fatos. O inspetor clínico desse hospital será ouvido no prazo de 60 dias. (No Amazînia)
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